Na primeira experiência em disputas eleitorais o empresário Tião Couto (PSDB) mostrou potencial para absorver o eleitorado que não concorda com o estilo rosalbista de fazer política.
Foram 51.990 votos que deixaram Tião credenciado para liderar a oposição em Mossoró e alçar novos voos na política. Mas até aqui ele não conseguiu desenvolver uma influência mais destacada junto aos que deveriam ser seus aliados.
Para 2018, o natural seria Tião e o seu vice em 2016, Jorge do Rosário (PR), fazerem uma dobradinha para deputado estadual e federal. O nome posto para disputar a Prefeitura de Mossoró 2020 deveria ser colocado para Assembleia Legislativa para ficar mais perto das bases.
Enquanto Jorge do Rosário definiu o rumo político logo cedo, Tião está perdido nos labirintos da política potiguar. Já foi colocado como candidato ao Governo do Estado, Senador e vice-governador. Disputar uma vaga na Câmara dos Deputados é a última alternativa, porém a mais viável.
O problema é que só Tião não tem percebido isso e essa falta de planejamento pode deixar o grupo dele ver o cavalo selado passar sem ser montado.
Outro problema de Tião é a dificuldade para achar um partido. Ele tem até 7 de abril para se definir. Até agora o futuro dele é incerto. Todas as tentativas foram infrutíferas.
Enquanto o ainda tucano se complica, a própria falta de foco deixa seus apoiadores ansiosos sem saber como se organizar para as eleições de outubro.
Alguém precisa dizer a Tião que na política os passos precisam ser bem calculados e os espaços não podem deixar de ser ocupados.