Família comemora recuperação após enfrentar o COVID-19

Rahisa Vale fala sobre a descoberta e isolamento para vencer o Covid-19 – Foto – Cedida

Depois de ser surpreendida por um resultado positivo para o novo coronavírus e há vários dias em isolamento domiciliar, a auxiliar administrativa Rahisa Vale dos Santos, 31 anos,  comemora a sua recuperação do Covid-19.

Ela, que mora com o marido e o filho, conta que no dia 19 de março começou a sentir sintomas leves como febre, cansaço, diarreia e dor de cabeça. Por conta própria, iniciou o isolamento domiciliar. “Nos dias seguintes iniciou uma falta de ar leve que se intensificou no dia 22 de março. Nesse dia fomos ao Hospital Wilson Rosado e lá foi feito o teste de Covid e o médico passou isolamento residencial de 15 dias”, lembra Rahisa, informando que também foi prescrita medicação para tomar em casa.

“No dia 23 de março houve nova piora na falta de ar e retornamos ao hospital. Desta vez fiquei algumas horas no oxigênio e fui novamente liberada para casa com receita para nebulização”, conta.

A partir daí, Rahisa afirma que houve melhora significativa e que o restante da semana foi tranquilo. Até então, o que a auxiliar administrativa não sabia é que estava com Covid-19. Ela desconfiava ser uma gripe agravada pelo fato de ser asmática. “No dia 03 de abril nós recebemos o resultado positivo. Ficamos surpresos, pois imaginávamos ser apenas uma gripe”, conta Rahisa. “Com o resultado em mãos retornamos ao médico e ele explicou que por já terem se passado 16 dias nós já havíamos passado pela fase pior da infecção e agora era só aguardar em casa para não correr o risco de infectar outras pessoas”, conta a auxiliar administrativa, acrescentando que a família deu início a um novo isolamento de 15 dias.

“Foi uma surpresa muito grande. Principalmente porque quando se iniciou isso, já estávamos tomando todos os cuidados necessários. Tive medo e fé que ia passar logo.  Quando sentia falta de ar e era obrigada a passar o dia de cama chorava, pois dá um medo de desenvolver algo mais sério. Foi muito importante seguir as orientações dos médicos e a oportunidade que tive de permanecer no isolamento domiciliar”, comenta.

No dia 11 deste mês, devido um novo quadro de falta de ar, ela procurou o hospital e foram solicitados novos exames do sangue e tomografia do tórax. “Comparando os exames do dia 19 de março e os novos resultados, o médico afirmou que havia apenas pequenos vestígios do vírus no meu pulmão e que meu organismo havia vencido a infecção e eu já estava na reta final e praticamente curada. Recomendou apenas novo isolamento de cinco dias”, diz ela.

Durante o período em que Rahisa enfrentava o Covid-19, a família também apresentou sintomas. O marido, o administrador de redes de TI, Édipo Antunes dos Santos, de 31 anos, apresentou menos sinais – cansaço com coriza e espirros. “Durou dois dias e a indisposição durou uma semana. Sem febre ou outros sintomas”, revela.

O filho, o pequeno Samuel Vale dos Santos, de 3 anos, também teve sintomas leves de gripe. “Sem febre, mas com dois dias de diarreia. Nos dias seguintes apresentou coriza e espirros, tosse sem secreção. Não durou uma semana completa”, afirma Rahisa.

Embora o marido e o filho não tenham feito o teste, a auxiliar administrativa conta que, segundo o médico, pelo período que os três passaram juntos dentro do apartamento é praticamente impossível que o marido e filho não tenham sido infectados também. Por esse motivo não foi feito o teste.

“Mas estamos oficialmente curados. Assim entrando na lista da Secretaria de Saúde. E em relação a como me sinto, agradecida a Deus por ter passado por essa em casa, ao lado da minha família. Só gratidão pelo livramento!”, diz Rahisa.

Mudança de rotina

Rahisa retomou suas atividades nessa nova rotina, mantendo as medidas de segurança e ficando em casa. Ela cdiz que, como é asmática, ainda sente falta de ar. “Como a infecção atinge essa parte respiratória ainda estou com um pouco de cansaço. Então assim, eu voltei minha rotina de casa, de trabalho, mas tudo dentro de casa”, conta.

“Passando esse período que o médico ainda pediu para eu ficar em casa, mais uns cinco dias, que encerra sexta-feira, eu já posso sair, ir ao supermercado. Mas como ele falou para mim, seguindo a questão da restrição”, observa.

Para Rahisa, a partir de agora as coisas serão diferentes. “Acredito que o ser humano melhore um pouco depois disso, porque, mesmo eu em casa com o meu marido e com meu filho, dava um medo de piorar, de perdê-los. Ao mesmo tempo vinha aquele sentimento de gratidão porque você liga a TV e vê a quantidade de pessoas que estão internadas”, comenta a auxiliar administrativa, que não precisou de internamento. “Tem gente que diz ‘Ah! Fulaninho morreu porque tinha doença crônica’. Não interessa! É o pai de alguém, é a mãe de alguém, é o avô de alguém,  é o irmão de alguém!”, conclui, demonstrando a importância de pensar no próximo.

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Reportagem especial

Canal Bruno Barreto