Fátima faz um governo melhor do que 2023, mas termina 2024 sem reverter a impopularidade

Fátima faz ano melhor em 2024, mas segue impopular (Foto: Sandro Menezes)

Com o avanço do programa de recuperação de estradas, redução da violência mês a mês a ponto de Natal conquistar o status de capital menos violenta do Nordeste e inaugurações em bloco de IERNs. Não tem como negar que a governadora Fátima Bezerra (PT) encerra 2024 com um saldo positivo e com um desempenho administrativo bem melhor que o de 2023.

Ainda tem como plus a reorganização da base aliada na Assembleia Legislativa.

Ainda assim, a governadora amarga índices de impopulares que cada vez se aproximam dos de seus antecessores Robinson Faria e Rosalba Ciarlini, que ultrapassaram a marca de 80% de desaprovação na década passada.

O que explica? Culpar a comunicação é fácil, mas é também raso. Há um problema orçamentário grave nesta área que faz com que proporcionalmente as maiores prefeituras do Rio Grande do Norte (Natal e Mossoró) possuam mais recursos nesta área.

A questão é também política. Fátima não conta com a simpatia das elites locais que controlam o fluxo de informação e isso faz com que a governadora tenha mais dificuldade de reverter.

Fátima nunca gozou de grande popularidade. Mesmo quando foi reeleita com votação recorde em 2022, sua aprovação raramente chegava a ultrapassar a marca dos 50% e a desaprovação sempre esteve com índices muito próximos.

Outro fator, é que Fátima não tem mais Robinson e Rosalba no retrovisor. A comparação é com seu primeiro governo que foi muito superior aos dos antecessores.

Ainda assim, Fátima sobreviveu em 2024 a uma queda brutal na arrecadação do ICMS e conseguiu melhorar em pontos críticos.

Em 2025, com mais recursos graças ao retorno da alíquota de 20% do ICMS e com a casa mais arrumada ela tende a melhorar.

A governadora não tem direito de errar em 2025 se quiser fazer o sucessor e se eleger senadora.

 

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Reportagem especial

Canal Bruno Barreto