Fátima foi massacrada por ocupar mesa do Senado contra a reforma trabalhista; Gonçalves vai ser criticado por fazer o mesmo pela impunidade de Bolsonaro?

Fotomontagem: Blog do Barreto

O dia 11 de julho de 2017 a então senadora Fátima Bezerra (PT) junto com as colegas Gleisi Hoffmann (PT/PR), Regina Souza (PT/PI) e Vanessa Grazziotin (PC do B) ocuparam a mesa do Senado para tentar impedir a votação da reforma trabalhista.

O ato atrasou a reforma trabalhista, mas não impediu a retirada de direitos dos trabalhadores, que até hoje afeta a qualidade do emprego no Brasil com o aumento da precarização.

Na época Fátima foi alvo de um massacre na imprensa do Rio Grande do Norte, sobretudo por ter comido uma quentinha na mesa do Senado.

Fátima foi eleita e reeleita governadora com mais de um milhão de votos nas duas ocasiões.

Corta para 5 de agosto de 2025.

O patético deputado federal Sargento Gonçalves (PL) está no grupo de parlamentares igualmente patéticos ocupando a mesa da Câmara dos Deputados para obstruir os trabalhos no Congresso Nacional.

Desta vez a causa não é nobre. É a busca pela impunidade para o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que tramou um golpe de estado que cogitou matar o presidente Lula da Silva (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

Nada de interesse popular.

Os que detonaram Fátima há oito anos se brincar vão exaltar Gonçalves.