A pesquisa do Instituto AgoraSei! traz um dado praticamente ignorado pela a imprensa do Rio Grande do Norte: a governadora Fátima Bezerra (PT) mostra uma resiliência que seus dois últimos antecessores, Robinson Faria (PSD) e Rosalba Ciarlini (na época no DEM) não possuíam e chega a um ano do início do processo eleitoral competitiva, líder nas pesquisas e com saldo positivo de popularidade.
E olhe que ela encara uma CPI, problema que seus antecessores não tiveram, e a pesquisa foi realizada no calor da Operação Lectus que apura superfaturamento em contratação de empresas hospitalares terceirizadas.
Ainda assim ela melhorou os números em relação a maio.
Há quatro meses ela tinha uma aprovação de 42,6%, agora tem 45,5%. A desaprovação caiu de 40% para 37,9%. A diferença de aprovação e desaprovação que era de 2,6% (dentro da margem de erro) agora é de 7,6% (fora da margem de erro).
Nos cenários de primeiro turno da corrida eleitoral também há melhoras nas intenções de voto em relação a maio. Se antes ela transitou entre 28,1% e 29,1% agora ela variou entre 33,3% e 37,6%, a depender do cenário.
E o melhor para ela: os principais adversários ou ficaram estagnados numericamente como Carlos Eduardo Alves (PDT), preso aos 19%, ou oscilaram positivamente como senador Styvenson Valentim (PODE) este com pico de 16%, mas sem tirar a diferença em relação a governadora. Por outro lado, o prefeito de Natal Álvaro Dias (PSDB) embora siga com popularidade em alta em Natal oscilou para baixo nas intenções de voto para o Governo, caindo de 15% para 11,9%.
Nas simulações de segundo turno também temos melhoras em relação a maio em que ela aumenta a vantagem sobre todos os adversários, exceto Carlos Eduardo, que não teve o nome colocado em confronto com o de Fátima na pesquisa de maio. Confira os números:
Cenário simulado | Maio | Setembro | Crescimento da vantagem |
Fátima x Carlos Eduardo | Dado não divulgado | 39,% x 29,9
(+9,4%) |
– |
Fátima x Styvenson | 42,5% x 28,4% (+14,1%) | 43,2% x 24,2% (+19%) | + 4,9% |
Fátima x Álvaro Dias | 37,4% x 36,3% (+1,1%) | 41,2% x 26,4% (+14,8) | +13,7% |
Fátima x Rogério Marinho | 42,6% x 26,8% (+15,8) | 44,6% x 18,8% (25,8%) | + 10% |
Os números da pesquisa ainda não indicam um cenário confortável para Fátima. Ela ainda tem um índice de desaprovação preocupante e uma rejeição de 32,7%, mas os meios para crescer na campanha são bem claros: a comparação com as gestões de Rosalba e Robinson e o fator Lula.