
A governadora Fátima Bezerra (PT) lidera as pesquisas de intenção de voto para o Governo do RN com uma margem razoável de dez pontos percentuais.
A vantagem simbolizaria alguma gordura para queimar até a campanha começar se ela estivesse com um saldo positivo na avalição do governo.
Não é o caso. Numa síntese das três pesquisas estaduais divulgadas esse ano (AgoraSei/BG, Consult/Tribuna e Perfil/Agora RN) diria que ela divide opiniões. Não há folga na avaliação positiva nem uma total repulsa.
A julgar pelos dois últimos antecessores (Rosalba Ciarlini e Robinson Faria) ela está, digamos, no lucro. Eles já estava derrotados politicamente um ano antes da tentativa de reeleição. Fátima tem fôlego, mas sem folga.
O problema é que essa avaliação ruim atrapalha a reeleição que sempre tem um caráter plebiscitário. Eleitor vai julgar se a petista merece mais quatro anos de mandato. Até aqui temos uma situação de risco em que a margem está aberta para quem conseguir polarizar com ela crescer.
A situação de Fátima lembra muito a de Rosalba quando tentou se eleger prefeita de Mossoró no ano passado quando esta sofreu sua primeira derrota eleitoral na capital do Oeste.
Se Fátima não melhorar a performance junto ao eleitorado até julho do ano que vem a governadora corre o risco de chegar ao processo eleitoral dependente do ‘fator Lula’ para sobreviver e repetir Wilma de Faria, última governadora do RN a se reeleger no distante ano de 2006.