Fátima só perde se a realidade paralela triunfar; daí a indústria das fake news se constituir como principal aposta da oposição

Fátima está pagando a terceira folha das quatro que recebeu atrasadas (Foto: Raiane Miranda)

Por Daniel Menezes

Peço uma reflexão realista, caro leitor. Imagine que um governo que pegou uma máquina com quatro folhas abertas, entra na sua reeleição com tudo em dia e dados de saúde (ampliação da rede) e segurança (menos assassinatos, crimes contra o patrimônio, etc) melhores do que os das gestões anteriores.

É esse o desespero e a motivação da indústria das fake news instalada no RN. Se essa verdade – e não há duas – se instalar, 2022 se encontra já delimitado, cabendo aos demais postulantes se alinharem ao poder ou correrem riscos eleitorais nada precários.

Por isso, as mentiras sistemática e profissionalmente alimentadas, dando conta de falsos recursos extras recebidos pelo estado, ameaça de CPI sobre contratos já revisados pelo MP-RN, auditados e aprovados pelo tribunal de contas do Estado, enquanto a que investigaria a Arena das Dunas (esta já municiada por irregularidades, conforme o TCE) seria encostada. Também é um meio de secundarizar a inanição da base bolsonarista no RN, que gasta quase todo seu tempo em redes sociais e passeatas pró-golpe.

É a principal aposta da oposição, dado o fato de que quem hoje se encontra do outro lado do balcão, sabe o que fez no verão passado, ou melhor, no controle da máquina pública nas últimas décadas.

A indústria das fake news não irá arrefecer. Na medida em que a eleição se aproximar, a fumaça e a boataria irão aumentar. É o óbvio. A comparação factual é um problema sério para quem deseja retornar ao poder no RN.

PS. Fátima pagou mais uma folha aberta da gestão anterior. O ministro Rogério Marinho, o que está com problemas em relação a um suposto orçamento secreto paralelo em sua pasta, alega que foram desviados recursos da construção da barragem de oiticica para pagar servidores. É verdade? Não. Mas será assim toda vez que folhas atrasadas vierem a ser quitadas. Eles não têm outro meio.

*É sociólogo.

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