Por anos classifiquei o ex-prefeito Álvaro Dias (Republicanos) como o “incriticável”. Por mais atrocidades que ele praticasse (a história da pandemia será duríssima com ele), o burgomestre não era questionando.
Ontem me deparei com um vídeo que me impressionou. Primeiro porque finalmente ouvi a voz do filho do ex-prefeito, aquele deputado estadual com nome parecido com um cargo comissionado, Adjuto Dias (MDB).
Segundo porque o jovem e inexpressivo parlamentar deu um chilique ao avaliar que a mídia está reproduzindo narrativas, termo que já entrega o tipo de político, do PT em ralação ao serviço seboso da engorda de Ponta Negra.
A narrativa, no linguajar bolsonarista, é uma espécie de versão que não agrada.
A tragédia da obra da engorda não tem sequer versão ou dois lados, só um fato. Havia uma série de exigências ambientais solicitadas pelo Idema que o pai de Adjuto (que nome!?) não queria cumprir. Álvaro, o pai do menino chiliquento, reuniu o então deputado federal Paulinho Freire (UB) e uma horda de cargos comissionados para chutar o portão do órgão ambiental.
A obra foi feita nas coxas e o resultado está sendo trágico para o turismo de Natal e fez o controle da opinião pública sair das mãos da direita.
O menino de Álvaro precisa entender que o “papi” não manda mais na opinião pública.