Finalmente um debate sobre o desenvolvimento do RN. Candidatos decepcionam

Vices decepcionam

O programa Conversa Franca, debate organizado pelas entidades representantes do setor empresarial em parceria com a TCM, foi um primor de organização e qualidade técnica. Já os candidatos a vice-governador não estiveram à altura do evento.

De positivo a rara oportunidade de se discutir a mãe de todas as soluções para os problemas do Rio Grande do Norte: o desenvolvimento econômico.

Pena que em geral os candidatos não fizeram nada além do que trocar farpas e repetirem ideias já surradas.

Vamos as análises individuais:

Sérgio Leocádio (PSC) – vice de Brenno Queiroga

Mandou bem na função de franco atirador. Não trouxe nada de novo, mas falou algumas verdades inconvenientes contra os outros três adversários. Ganhou a simpatia do setor do eleitorado indignado com a classe política.

Antenor Roberto (PC do B) – vice de Fátima Bezerra

Mostrou um alto nível de formação política e qualidade intelectual acima de média dos oponentes. Se saiu bem do ponto de vista retórico e soube rebater os ataques ao lulopetismo. Pecou pela repetição dos velhos chavões da esquerda.

Kadu Ciarlini (PP) – vice de Carlos Eduardo Alves

Não se pode dizer que Kadu Ciarlini não é esforçado. Ele tentou mostrar uma postura conciliadora e ir além do “discurso do aplicativo”. O problema é que ele não consegue dar uma sequência lógica ao que diz. Sua fala sempre entra num oito. Pecou também por trazer informações imprecisas cuja realidade o desmente.

Tião Couto (PR) – vice de Robinson Faria

 

Durante todo o debate Tião esteve acuado por carregar nas costas o desgaste do governador Robinson Faria. Tem dificuldades para se expressar e precisa ir além do discurso empresarial da geração de empregos. Limitou-se a atacar a gestão da prefeita Rosalba Ciarlini (PP). A cabeça de Tião está em 2020.

Conclusão

No geral os candidatos mostraram pouco conhecimento sobre as necessidades econômicas do Rio Grande do Norte. Os postulantes ainda não compreenderam que se não tiver desenvolvimento não teremos as receitas necessárias para atender as demandas. O sofrido elefante segue com o mesmo modelo econômico dos tempos de Cortez Pereira. Lá se vão, como diria o lendário jornalista Emery Costa, mais de 40 anos.

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Reportagem especial

Canal Bruno Barreto