A disputa entre o deputado federal General Girão (PL) e o deputado estadual Kelps Lima (SD) pela preferência do bolsonarismo potiguar tem tudo para ser um campeonato à parte nas eleições deste ano no Rio Grande do Norte.
Desde que foi humilhado nas urnas quando tentou pela terceira vez ser prefeito de Natal, Kelps elevou o tom dos ataques contra a governadora Fátima Bezerra (PT) e transformou a CPI da covid na Assembleia Legislativa em um palanque para atrair o engajadíssimo eleitor bolsonarista.
Kelps não tem medido esforços para atrair o eleitor bolsonarista num vale tudo em que a verdade é um mero detalhe. Ele, inclusive, correu riscos ao vazar informações sigilosas de investigações do MPF e Polícia Federal sobre a compra malsucedida dos respiradores pelo Consórcio Nordeste.
Apostou e ganhou que Ministério Público faria vista grossa a esse comportamento.
Mais recentemente ele associou falsamente uma operação da Polícia Federal a um suposto resultado da CPI, o que levou a ser criticado até por jornalistas de direita da mídia natalense.
Girão já percebeu a pirotecnia de Kelps foca no eleitor que o elegeu em 2018. Ele já criticou o deputado estadual por fazer da CPI da Assembleia um palanque eleitoreiro.
Girão aposta nas pautas mais caras ao bolsonarismo raiz como endossar as ameaças golpista do presidente Jair Bolsonaro (PL) e ataques as instituições enquanto Kelps se firma no antipetismo e moralismo.
Mais recentemente Girão chamou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, de vagabundo.
A briga entre Kelps e Girão pelo voto bolsonarista vai ser agitada até 2 de outubro.