Os professores da rede estadual de ensino rejeitaram a proposta da governadora Fátima Bezerra (PT) de parcelar em duas vezes o reajuste do piso nacional da categoria de 6,27%.
O Governo sugeriu pagar 3% em abril e 3,27% em dezembro. A categoria aprovou a contraproposta de reajuste de 6,27% em março com o retroativo acumulado entre janeiro e fevereiro.
No dia 11 de março haverá protesto na Governadoria.
Na última sexta-feira a governadora Fátima Bezerra (PT) se reuniu com os dirigentes do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Rio Grande do Norte (Sinte/RN) para apresentar a proposta rejeitada.
O grande entrave para a ampliação de propostas do Governo é uma ação em que o Ministério Público suspendeu por decisão judicial o pagamento dos retroativos do reajuste do piso em 2023 por falta previsão orçamentária. “Nesse contexto, já foram realizadas diversas reuniões e apresentadas propostas ao Sindicato da categoria com o objetivo de assegurar um reajuste de 6,27%, o que, ao final de 2025, resultará em um ganho acumulado de 98,25% para a categoria, considerando o período de 2019 a 2025. Este reajuste com base na Lei 11.738, a qual instituiu o piso salarial nacional, representa uma conquista histórica para a categoria e o compromisso do governo com a valorização dos educadores”, diz o governo em nota.
Esse argumento não tem sido levado em consideração pelo Sinte.
O contraditório é que uma das alegações do mesmo sindicato para justificar a postura mais amena na luta pelo piso na rede municipal de Natal é a existência de decisões judiciais desfavoráveis.
A Prefeitura de Natal tem uma defasagem de 60% nos salários da categoria e não recebeu reajustes em 2020, 2022 e 2024.
Com Natal a paciência é maior, apesar da falta de proposta. A assembleia da categoria será no dia 27 de março, conforme anunciado no próprio site do Sinte.
A diferença das posturas é gritante. O piso foi instituído na mesma data para o Governo do Estado e Prefeitura de Natal.
Nota do Blog: não adianta me xingar. A contradição é de vocês!