Há um “latifúndio” para Jean Paul ou outro nome da esquerda crescer na disputa para o Senado

Jean Paul tem em Lula o caminho para melhorar nas pesquisas (Foto: reprodução)

“Há uma Br-101 toda aberta. Como é que ninguém, numa vaga tão importante como é o senado, tenta ocupar todo esse latifúndio que Lula representa no NE, no RN? Não há risco desse latifúndio diminuir até o pleito do ano q vem. Então qual o cálculo sobre essa omissão?! Parece apagão”.

O comentário que abre esse texto foi escrito no Twitter pelo cientista político Daniel Menezes, professor da UFRN e sócio do Instituto Seta.

A análise faz sentido. Enquanto a direita oligárquica e o bolsonarismo ocupam espaços na disputa pelo Senado, a esquerda titubeia em ser mais incisiva na disputa.

O único nome posto pelo campo progressista é o do atual senador Jean Paul Prates (PT). Ele luta para atingir dois dígitos nas pesquisas de intenção de voto. Até aqui teve como melhor desempenho os 7% na sondagem do Instituto Seta divulgada na terça-feira pela Band Natal.

O desafio maior para o petista é se tornar conhecido. Ele iniciou uma peregrinação pelo interior acompanhando a governadora Fátima Bezerra (PT), mas é necessário colar sua imagem na do ex-presidente Lula.

É ele quem lidera com folga todas as pesquisas presidenciais no Estado.

Jean já percebeu essa necessidade de explorar o “fator Lula” e tem buscado mostrar proximidade com o ex-presidente em suas redes sociais.

Somando as eleições de 2014 e 2018 o campo progressista levou duas das três vagas para o Senado (Fátima e Zenaide Maia que adotou uma postura mais à esquerda) e há uma margem grande para que Jean Paul ou outro ator político que se encaixe nessa tendência se coloquem como alternativas, inclusive, o deputado federal Rafael Motta (PSB), um nome que deveria ser testado nas próximas pesquisas.

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Reportagem especial

Canal Bruno Barreto