No mês de agosto de 2023, a indústria do Rio Grande do Norte foi líder nacional em crescimento, apresentando um aumento tanto em comparação com o mesmo período do ano anterior (49,8%), quanto no acumulado do ano (14,3%).
Essa performance destacou-se quando comparada às médias nacionais, que atingiram 0,5% de crescimento em relação a agosto de 2022 e uma variação negativa de 0,3% no acumulado do ano. No geral, a Indústria avançou em 11 de 18 locais na comparação com agosto do ano passado. Depois do Rio Grande do Norte, o Espírito Santo foi o segundo estado com maior crescimento no índice, com 26,3%. Os dados fazem parte da Pesquisa Industrial Mensal de Produção Física (PIM – PF), que produz indicadores de curto prazo relativos ao comportamento da indústria no Brasil e regionalmente.
No acumulado do ano, na comparação com o mesmo período do ano anterior, a indústria teve resultados negativos em nove dos 18 locais pesquisados no indicador. O melhor resultado foi do Rio Grande do Norte (14,3%), seguido do Espírito Santo (6,8%). As quedas mais intensas foram registradas pelo Ceará (-7,0%) e pelo Rio Grande do Sul (-5,0%).
O setor de atividades de “Fabricação de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis” (óleo diesel), inserido na Indústria de Transformação, segue sendo o principal responsável pela alta potiguar. O estado fechou agosto com alta de 159,5% na variação mês/mesmo mês do ano anterior e com 32,6% no acumulado do ano na avaliação do respectivo setor, ficando na primeira posição nacionalmente em ambos os índices. No contexto nacional, a média para o crescimento do setor frente a agosto de 2022 foi de 6,5%, enquanto o crescimento acumulado do ano atingiu 3,9%. Em julho de 2023, o Rio Grande do Norte já havia se destacado como o segundo estado com o maior crescimento acumulado no ano, alcançando um índice de 20,8%.
Posição | Brasil e Unidade da Federação | PIMPF – Variação acumulada no ano (em relação ao mesmo período do ano anterior) (%) | PIMPF – Variação mês/mesmo mês do ano anterior (M/M-12) (%) |
1 | Rio Grande do Norte | 32,6 | 150,5 |
2 | Amazonas | 25,9 | 30,8 |
3 | Pernambuco | 18,3 | 10,8 |
4 | Rio de Janeiro | 14,5 | 10,2 |
5 | Mato Grosso | 13,5 | 6 |
6 | Minas Gerais | 10,7 | 7,7 |
7 | Brasil | 3,9 | 6,5 |
8 | Mato Grosso do Sul | 3,6 | 5 |
9 | Paraná | 3 | -1,2 |
10 | São Paulo | 1,9 | 12 |
11 | Ceará | 0,4 | -8,2 |
12 | Goiás | -2,5 | -5,1 |
13 | Bahia | -2,8 | -12,1 |
14 | Rio Grande do Sul | -15,2 | 5 |
Fonte: IBGE – Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física |
Os resultados do setor têm alavancado os da Indústria de Transformação, que teve alta de 98,6% em relação a agosto de 2022, resultando em um acumulado no ano de 27,2%. Esses índices novamente destacam o Rio Grande do Norte como líder nacional entre os locais pesquisados. Comparado com o segundo estado mais destacado na mesma seção industrial, o Mato Grosso (8,5%), a diferença de variação entre o Rio Grande do Norte e esse estado foi substancial, chegando a 90,1 pontos percentuais (p.p.). As médias nacionais para a mesma seção industrial foram de – 0,1% na comparação mês/mesmo mês do ano anterior e –1,3% no acumulado do ano.
As outras duas atividades da Indústria de Transformação pesquisadas no estado também tiveram destaques nacionais. Em “Fabricação de Produtos Alimentícios” o estado teve o maior acumulado do ano (16,9%), embora na variação em relação a agosto de 2022, tenha ficado na oitava posição, com 8,1% de alta. Resultados positivos também na atividade de “Confecção de artigos de vestuários e acessórios” onde o estado apresentou 21,6% de crescimento se comparado a agosto de 2022, resultando em um acumulado do ano de 7,5%, mais uma vez os maiores índices do setor entre todos estados pesquisados.
Resultados dos setores de fabricação de produtos alimentícios e confecção de artigos do vestuário e acessórios, por índices de variação mês/mesmo mês ano anterior e acumulado do ano, ordenado pelo maior índice na variação acumulada – Brasil, Nordeste e RN (ago/2023)
Brasil, Grande Região e Rio Grande do Norte | Fabricação de produtos alimentícios | Confecção de artigos do vestuário e acessórios | |||
Variação mês/mesmo mês do ano anterior (%) | Variação acumulada no ano (%) | Variação mês/mesmo mês do ano anterior (%) | Variação acumulada no ano (%) | ||
1 | Rio Grande do Norte | 8,1 | 16,9 | 21,6 | 7,5 |
2 | Brasil | 7,6 | 3,6 | -7,9 | -8,7 |
3 | Nordeste | 4,3 | 5,7 | -18,7 | -12,4 |
Fonte: IBGE – Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física |