Em entrevista ao Foro de Moscow o senador Jean Paul Prates (PT) reagiu a acusação do ex-ministro Rogério Marinho (PL) de ter mentido e sido malicioso na abordagem do veto do presidente Jair Bolsonaro (PL) à inclusão da duplicação da BR 304 na Lei de Diretrizes Orçamentárias.
Jean rebateu as acusações de Rogério. “Eu não sou dado a ofensas, acho que a política não deveria ser assim, mas malícia não falta ao candidato a senador Rogério Marinho. Mais malicioso do que ele não tem e a malícia dele está nesse sofisma que ele acabou de criar. Mudou a verdade para justificar uma mentira”, disse.
Sobre Rogério ter garantido que os recursos estavam assegurados mesmo sem LDO, Jean disse que não e usou um dado lógico: “Se fosse assim a BR 304 estaria sendo anunciada por Rogério Marinho, General Girão e Bolsonaro em visitas festivas como eles já fizeram na Transposição do São Francisco usando água de carro pipa”.
O senador disse que fora da LDO a possibilidade de duplicação da BR 304 fica reduzida por ser jogada em uma vala comum com outras obras e sem recursos suficientes via emendas ao orçamento. “Um deputado ou senador não pode botar R$ 2 bilhões em emendas, isso cabe ao Governo Federal e nós colocamos uma rubrica específica na LDO, o que dá prioridade e o dinheiro que está lá não pode ser destinado para outra obra”, argumentou.
Ele explicou que a BR 304 nunca foi duplicada porque os técnicos alegavam que ela se encerra dentro do Rio Grande do Norte e não faz ligações entre estados e que precisou arrumar briga dentro do Congresso Nacional para incluir a proposta na LDO. “Isso nunca foi conseguido antes porque antes argumentavam que era uma rodovia que está dentro só do Rio Grande do Note e prioridade é para as rodovias estruturais”, disse. “Eu disse que essa é uma rodovia que está entre duas capitais e se encaixa em um plano nacional. Que culpa tem o Rio Grande do Norte quando chega aqui tem uma curva? Isso é culpa da geografia”, acrescentou.
Jean lembrou que a duplicação esteve nas LDOs de 2020 e 2021, mas que agora Bolsonaro quer tirar porque teme perder e não ser o autor da obra, dificultando a vida do sucessor. “A única vez que foi vetada foi agora”, frisou.
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