“Sou aliado e não alienado”. É o mantra do presidente da Câmara Municipal Jório Nogueira (PSD). No meio da polêmica em torno da votação prematura da antecipação dos royalties da Petrobras ele deu uma aula de como conduzir uma sessão polêmica.
Fez uma proposta intermediária para que fosse realizada uma audiência pública hoje e a votação da antecipação dos royalties em sessão extraordinária amanhã. A bancada governista rejeitou. A oposição aceitou.
Seguiu o regimento e deu sequência aos trabalhos. Sem arroubos deixou a oposição falar à vontade dando o direito à minoria de protestar.
Hoje ele teve uma postura de magistrado. Estadista ele será no dia que mantiver uma sessão até o final quando está em jogo um projeto que contraria os interesses dele. No primeiro teste ele não passou quando estava em jogo a criação da Fundação Aldenor Nogueira.
Mas ontem Jório esteve de parabéns.
Para a bancada governista a postura de magistrado foi mais uma “tirada de braço da seringa”. “Ele abandou a bancada”, resmungou um governista ao Blog do Barreto.
Como na vida, a política é feita de escolhas. Jório preferiu conduzir a sessão de uma forma decente e assim fez.