O presidente da Câmara Municipal de Mossoró Lawrence Amorim (SD) está resgatando o debate sobre a necessidade de se construir o Santuário de Santa Luzia como forma de impulsionar o turismo religioso na cidade.
Em discurso na Tribuna da casa, Lawrence lembrou dos exemplos de sucesso nas cidades de Santa Cruz (RN), com estátua de Santa Rita de Cássia, que recebe 350 mil pessoas por ano, e Juazeiro do Norte (CE), com o santuário de Padre Cícero Romão Batista, que registra a visitação de mais 2,5 milhões turistas por ano. Vale lembrar que esta última é uma cidade do porte de Mossoró.
“São dois exemplos que servem para Mossoró. Nosso município, com o santuário de Santa Luzia, poderia atrair mais de 2 milhões de visitantes, após alguns anos. Isso implicaria em ao menos R$ 200 milhões anualmente injetados na economia local e cerca de dois mil empregos diretos e indiretos gerados”, argumenta.
Nesta quarta-feira, 8, Lawrence vai apresentar um requerimento propondo uma audiência pública para debater a construção do santuário de Santa Luzia em Mossoró.
Lawrence defende repensar a ideia inicial de fazer o empreendimento na Serra Mossoró, optando por alguma área no entorno do Complexo Viário da Abolição, na BR-304.
A audiência visa ouvir o que a Diocese de Mossoró pensa a respeito do assunto.
Números
O turismo religioso brasileiro movimenta R$ 15 bilhões por ano em mais de 300 locais. O Santuário de Aparecida (SP) é o principal destino. Em 2022, recebeu oito milhões de turistas e movimentou R$ 1 bilhão. Em Natal, o prefeito Álvaro Dias (Republicanos), trabalha com a Diocese para viabilizar o santuário de Nossa Senhora de Fátima. “É inegável a importância do turismo religioso para diversificar a economia dos municípios. Movimenta toda uma cadeia. Mossoró precisa de novas ferramentas para arrecadar e gerar emprego e renda, e o santuário de Santa Luzia é uma alternativa viável. O projeto foi debatido, caiu no esquecimento e Mossoró perde muito com isso”, observa.
Estratégia
A inspiração de Lawrence é seguir a estratégia usada para construir a estátua de Santa Rita de Cássia, orçada em R$ 15 milhões. Para isso ele defende a ajuda da bancada federal que tem direito a R$ 59 milhões em emendas de bancada e R$ 32 milhões em emendas individuais.
“É fundamental uma junção de forças da Diocese, Poder Executivo, Poder Legislativo, Governo do Estado, bancada federal, bancada estadual, entidades de classe e empresariais e fiéis”, frisa, ao arrematar: “Sem o santuário, Mossoró perde milhões de reais todos os anos”.
