Leitor questiona privatização de campos maduros sugerida por Beto Rosado

O leitor Antonio Cabral Júnior questiona a proposta de privatização dos campos maduros defendida pelo deputado federal Beto Rosado (PP).

“Tenho alguns questionamentos quanto às ações desta frente parlamentar.Quais serão as condições de liberação destes poços de baixa produção para a iniciativa privada?

Eles estão de fato dispostos a manter os mesmo níveis operacionais, questões ambientais e segurança operacional e pessoal aplicados hoje pela Petrobras nestes campos?

Outra preocupação é referente aos métodos que serão usados por estas empresas para o aumento da produção? A Petrobras com toda sua experiência no petrolífero não tem condições e estrutura hoje para realizar este incremento da produção?

O método de aumento da produção está ligada ao fraturamento hidráulico em larga escala na região destes campos?

Estes empresários têm ciência dos impactos destas operações se forem realizadas sem estudos especifico para cada formação

Quanto à questão do lucro, qual seria a diferença?

Porque uma empresa privada teria um lucro maior do que a Petrobras?

Uma vez que as técnicas de extração seriam as mesmas para todas as operadoras, a diferença não estaria no ferramental, então só me levar a pensar em salários mais baixos e redução de efetivo.

Quanto aos poços que serão completados para produzir água.

Este grupo tem noção dos custos necessários para realizar esta mudança e sem falar nos custos operacionais e de manutenção destes poços.

Estas empresas têm planos de projetos sociais para desenvolver na região como a Petrobras hoje tem? Essas empresas também podem assumir estes projetos sociais também? Caso contrario teremos um impacto social na região.

Outro ponto interessante a ser levado em consideração é a questão do conhecimento das empresas no setor petrolífero que irão trabalhar como operadoras destes campos. Não basta só o dinheiro, nossa história recente mostra a situação do empresário do ramo de mineração Eike Batista que entrou para o setor de petróleo sem o preparo e o conhecimento adequado para o setor e todos sabemos o fim desta história.

Seria melhor avaliar com cuidado estas situações, e penso que seria interessante ouvir a categoria petroleira nestes assuntos. Por que não procurar o apoio dos trabalhadores também para que possam contribuir para o amadurecimento das idéias levantadas por esta frente parlamentar”.

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Reportagem especial

Canal Bruno Barreto