Manual de organização para a oposição em Mossoró

Se tem uma coisa que não falta na oposição em Mossoró é autocrítica. Não tem um adversário da prefeita Rosalba Ciarlini (PP) que não admita em público a falta de unidade e organização do aprisco oposicionista.

Então o que falta? Falta alguém botar a bola no chão e se organizar porque se a oposição quer realmente vencer precisa agir. O rosalbismo é organizado, tem militância apaixonada e sabe jogar o jogo político.

A primeira coisa é alguém internamente conclamar os demais para um diálogo sem que isso seja externando na imprensa para não mexer com egos.

Não é hora para vaidades.

Depois se formar um grupo de trabalho para acompanhar a gestão municipal. Por exemplo: a ala de Jorge do Rosário e Tião Couto poderia atuar na área de desenvolvimento econômico levantando o que a prefeita fez ou tem feito para atrair investimentos e gerar empregos.

O deputado estadual Allyson Bezerra (SD), que é engenheiro civil, poderia formar uma ação voltada para a infraestrutura.

A deputada estadual Isolda Dantas cujo partido, o PT, tem muitos quadros na educação e saúde poderia agir nestas duas áreas.

O PC do B do empresário e professor Gutemberg Dias poderia atuar em cima da questão orçamentária usando a experiência dele e do ex-reitor da UFERSA Josivan Barbosa para analisar esse tema.

Não estou inventando a roda. Isso já é feito em países como Reino Unido, por exemplo. Lá essa formação de grupos de trabalho se chama Official Opposition Shadow Cabinet (Gabinete Sombra da Oposição Oficial).

A grande falha da oposição mossoroense é não debater a cidade e deixar uma prefeita impopular fazer uma gestão pífia sem ser incomodada.

Está dada a dica. Não precisa ninguém querer ser o pai ou mãe da iniciativa publicamente basta tomar a iniciativa nos bastidores e compartilhar os relatórios entre si.

Lá para junho quem estiver melhor nas pesquisas é o candidato ou candidata. Quem estiver em segundo é o vice. Não é simples, mas é possível.

Não se derrota uma figura pública como Rosalba com individualismo, desorganização, improviso e amadorismo.

Nota do Blog: isso que escrevi serve para Mossoró, Natal e outras cidades.

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Reportagem especial

Canal Bruno Barreto