Morreu na madrugada desta quinta-feira, 7, o jornalista Canindé Queiroz, considerado uma lenda no jornalismo potiguar.
Canindé deu entrada no Hospital Wilson Rosado queixando-se de dores e falta de ar. Foi constatada uma infecção que o levou a falecer na madrugada de hoje.
Canindé fundou a Gazeta do Oeste em 1977 e fez deste um dos maiores jornais do Estado com destaque para a sua coluna “Penso Logo…” em que analisava os fatos políticos. Imprimiu um estilo que influenciou uma geração de jornalistas de Mossoró.
Das sua escritas surgiram bordões como “parlatório flácido para dormitar bovinos” e apelidos como “favelona” para a Tibau em tempos de veraneio e “Nova Roma” usado para denunciar os privilégios de Natal em relação ao interior.
Canindé também se envolveu em polêmicas com religiosos e com a então prefeita Rosalba Ciarlini.
Antes ele foi presidente da Fundação Universidade Regional do Rio Grande do Norte (FURRN) entre 1972 e 1975 em uma época em que o cargo de reitor ficava delimitado a funções pedagógicas.
Canindé foi vice-prefeito de Mossoró entre 1973 e 1977, na primeira gestão de Dix-huit Rosado no Palácio da Resistência.
Em 1982 ele foi candidato a prefeito de Mossoró pela sublegenda do PDS. Terminou em terceiro lugar com 4.388 (8,50%) votos.
Ele faria 80 no próximo dia 14, deixa seis filhos, nove netos e a viúva Maria Emília.
Quis o destino que Canindé morresse num 7 de abril, Dia do Jornalista.