Por Carlos Escóssia
Quando Mossoró apresentou os primeiros indícios de possuir petróleo (1922), acreditava-se que a cidade era um tesouro adormecido e prestes a ser descoberto. Sem dúvida o foi, mas quanto ainda estamos pagando por esses investimentos!
Parece que das profundezas do solo, junto ao óleo negro e betuminoso que gera cifras astronômicas e incalculáveis, jorram também a ganância e o poder. E enquanto secam poços, superlotam os cofres de quem fez opção por vasculhar a terra e explorar o povo.
É preciso é urgente desmistificar esse sonho. É preciso discutir em todas as instâncias e com todas as pessoas, sobre esse vírus negro que brotou do chão e vem perfurando mentes e corações, numa corrida desenfreada em direção a um futuro que nem ao menos sabemos qual será.
É preciso alertar a todos para os enganos que estão sendo veiculados em nome do petróleo e nos impõem administrá-los como única forma de escaparmos da miséria.
É preciso sensibilizar as autoridades locais, que podem fazer algo a respeito, para que o façam com a certeza de estarem contribuindo para o verdadeiro futuro da nossa amada e “sofrível” Mossoró.
É preciso denunciar a irresponsabilidade dos últimos gestores públicos municipais e estaduais que não propiciaram as mudanças/condições necessárias para que pudéssemos enfrentar esse momento, de forma mais honesta e menos agressiva.
É preciso denunciar o descaso e a apatia do poder público municipal e instituições como: Ufersa, Uern, ACIM e CDL, em não valorizar a importância de se discutir este momento, promovendo em ações conjuntas debates, estudos sobre a perspectivas futuras para Mossoró, bem como ações que minimizem os muitos problemas que assolam a nossa cidade.
Sou literalmente contra a antecipação dos royalties do petróleo, em nome do futuro dos nossos filhos e netos.
Tenho dito!