A eleição de 2022 pode consolidar uma virada de chave na história política mossoroense que vai muito além de uma mudança geracional.
É uma mudança de estrutura política.
A tendência é de fracasso dos Rosados nas urnas. A velha oligarquia já pouco influi no voto majoritário. Foi assim em 2018 quando adversários os derrotaram na cidade e em 2020, quando perderam a hegemonia política local.
No domingo há grandes chances dos dois últimos tabus caírem: 1) no atual período democrático sempre um Rosado foi o deputado federal mais votado na cidade. Há grandes do presidente da Câmara Municipal Lawrence Amorim (SD) quebrar esta escrita; 2) desde 1998 sempre um Rosado ou um de seus agregados é o mais votado para deputado estadual em Mossoró. Hoje Isolda Dantas (PT) desponta para ser a campeã de votos na cidade, mas nomes como Jadson Rolim (SD) e Jorge do Rosário (Avante) podem conquistar esse posto.
Some-se a isso o desempenho pífio das campanhas de Sandra e Larissa e o alto risco de Beto Rosado não se reeleger.
Os sinais da virada de chave são tão grandes que a ex-governadora Rosalba Ciarlini ao decidir pelo apoio a governadora Fátima Bezerra terá um impacto irrelevante no resultado da eleição em Mossoró.
Os Rosados podem sair das urnas em 2 de outubro resumidos ao mandato de vereadora exercido por Larissa.