Quando a Petrobras anunciou em agosto de 2020 que venderia os ativos no Rio Grande do Norte os políticos do campo progressistas reagiram apontando que isso traria resultados negativos para o Estado.
Na época foi anunciado que tudo seria vendido e só sobraria o inexplorado Campo de Pitú. A promessa foi cumprida pelo Governo Bolsonaro e hoje o Rio Grande do Norte paga a gasolina mais cara do país, demissões foram registradas e só este ano a queda do pagamento de royalties acumula 39%, segundo números divulgados pela Federação dos Municípios do RN (FEMURN).
Na época a Tribuna do Norte ouviu alguns políticos da bancada federal. Da direita só o hoje vice-governador Walter Alves (MDB) e o deputado federal Benes Leocádio (na época no Republicanos e atualmente no União Brasil) manifestaram preocupação.
Walter disse que a venda dos ativos não poderia ser feita sem um estudo de impacto econômico. “A notícia, sem a apresentação de estudo de impacto econômico, como exigem da Câmara dos Deputados em qualquer projeto, é uma agressão inadmissível ao povo potiguar, e não podemos aceitar tal medida como se fosse uma decisão sem maior importância”, comentou.
Ele chegou a enviar um pedido de explicações ao ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque, aquele envolvido no escândalo das joias sauditas dadas como presente a Jair Bolsonaro.
Já Benes disse que “independente de bandeiras, para lutarmos pela manutenção da empresa em nosso Estado”. “Sempre foi vetor de desenvolvimento para nosso Estado, por isso, defendemos a sua permanência no RN”, complementou.
Nomes como General Girão, João Maia e Beto Rosado manifestaram entusiasmo pela decisão na época.
Os petistas Jean Paul Prates (senador na época) e Natália Bonavides criticaram a venda dos ativos assim como aliados na resistência ao bolsonarismo como a senadora Zenaide Maia e o então deputado federal Rafael Motta.
O senador Styvenson Valentim não manifestou um posicionamento claro limitando-se a dizer que estava acompanhando o assunto.