Natal receberá encontro da Marcha Mundial com mais de 1 mil mulheres de todo o país

Foto: divulgação/CF8

De 6 a 9 de julho, a Marcha Mundial das Mulheres realizará o seu 3º Encontro Nacional na cidade de Natal, o primeiro que acontece no Nordeste. Para fortalecer o feminismo popular e a solidariedade entre os povos, cerca de 1 mil mulheres de norte a sul do país, das quais 300 potiguares, se reunirão para debater os desafios e construir alternativas de bem viver em seus territórios e no mundo.
O encontro contará com a presença de uma diversidade de mulheres agricultoras, ribeirinhas, quilombolas, indígenas, do campo e da cidade, além de lideranças nacionais e internacionais do movimento feminista e movimentos parceiros na luta contra as desigualdades. Com uma extensa programação de debates, oficinas, exposições, plenárias organizativas e culturais acontecerá no espaço da Escola de Governo.
Adriana Vieira, da Marcha Mundial das Mulheres do RN e Centro Feminista 8 de Março, uma das militantes da Comissão de Organização do 3º Encontro, explica que: “O encontro trabalhará com a perspectiva de levantar os desafios nos territórios e construir alternativas locais e globais a partir do fortalecimento da auto organização das mulheres”, e completa: “Todo esse movimento acontecer aqui no RN, potencializa ainda mais nossa organização no Estado, pelas inúmeras tarefas que precisamos tocar para que aconteça, o que nos deixa muito animadas para seguirmos em Marcha”.
O 3º Encontro carrega o nome de “Nalu Faria”, fundadora e dirigente da Marcha referência do feminismo socialista nacional e internacionalmente, que veio à óbito no ano passado. “Porque saudamos profundamente sua vida e a temos sempre presente em nossos momentos conjuntos, damos seu nome ao nosso encontro”, diz a carta orientadora do movimento que se prepara para a sua 6ª Ação Internacional em 2025, com o lema “Seguiremos em Marcha contra as guerras e o capital, por soberanias populares e bem viver”.
Além de lideranças feministas nacionais, também participarão militantes de outros países, como Alejandra Laprea, uma das representantes continentais do Comitê Internacional da Marcha que falou de suas expectativas: “Espero que seja um grande espaço de aprendizagem de como seguir fazendo e construindo o feminismo popular na Venezuela e no Brasil, e espero também que eu possa transmitir a profunda gratidão pela Marcha do Brasil e, sobretudo, por Nalu Faria que segue infinita em nossas lutas”.
A Marcha Mundial das Mulheres é um movimento feminista internacional, que atua em mais de 64 países e, no Brasil, está organizado em 19 estados. Desde os anos 2000 realiza diversas ações e campanhas de auto-organização das mulheres no enfrentamento à pobreza, violência, na defesa de democracia e construção de autonomia e igualdade para transformação da sociedade.

 

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Reportagem especial

Canal Bruno Barreto