A política deveria ser, pelo menos em tese, a arte do convencimento. As grandes decisões e escolhas por ação política deveriam se pautar pela via do diálogo.
Mas quando sento para conversar com um político sinto que ele mesmo não acredita na política. As avaliações nunca levam em conta a capacidade de liderar e de mobilizar as massas em torno de uma causa.
O assunto sempre termina em “fulano foi eleito porque tinha dinheiro”. “Cicrano vai vencer por causa da estrutura”. No fim tudo termina em dinheiro e compadrio. Os próprios políticos (em privado, claro) não creem na política como ação transformadora.
Claro que o dinheiro e o compadrio, infelizmente, possuem um peso importante, mas não é só isso que decide uma eleição.
Mas não tenha dúvida: na hora de escolher entre a opinião pública e a estrutura (para compra de votos) a maioria deles fica com a segunda opção porque na ótica da classe política o povão só vota pela grana.
Coisas de um sistema viciado.
Nota do Blog: ainda volto a esse assunto.