As eleições 2018 foram históricas no Rio Grande do Norte e uma continuidade do recado das urnas dado em 2014: o eleitor potiguar escolheu trocar a pele da política tradicional pela renovação de fato.
Pela primeira vez desde a redemocratização, nenhuma das três cadeiras do Estado no Senado terá representantes da família Alves, agripinismo ou Rosados. Na década passada, os três grupos familiares ocupavam os três espaços e há quatro anos dois Alves estavam lá na Alta Câmara junto com José Agripino Maia (DEM).
Agora os três senadores do Rio Grande do Norte terão mandatos fora da órbita oligárquica. Duas teses ruíram nestas eleições: 1) a força das estruturas; 2) a necessidade de grandes alianças.
O colapso oligárquico em 2018 passa pela comunicação. Eles apostaram tudo em velhas táticas de conquista de voto como a cooptação de lideranças fazendo a terceirização do pedido de votos por meio de cabos eleitorais.
A política moderna indica um trabalho intenso nas redes sociais e investimentos em boa comunicação. Duas estratégias que as oligarquias sempre desprezaram. Na ótica delas se comunicar bem é coagir jornalistas a defender o indefensável por meio de intimidação ou abuso de poder econômico.
As oligarquias ainda respiram por aparelhos e podem se reerguer mais à frente caso as novidades decepcionem. Ainda preservaram o mandato de Walter Alves (MDB) na Câmara Federal (à duras penas) e podem conquistar o Governo do Estado com Carlos Eduardo Alves (PDT) no segundo turno.
Nem tudo está perdido, mas temos um colapso oligárquico.