Em 1997 o reitor da UERN Walter Fonseca decidiu fazer algo que quebrou uma tradição: nomear o mais votado para a lista tríplice de diretor de Campus Avançado.
Em vez de nomear Maura Cavalcanti, a eleita pela comunidade acadêmica, ele preferiu o segundo colocado Lisboa Batista como diretor do Campus de Pau dos Ferros.
O caso é um marco na política interna da UERN. A então deputada estadual Fátima Bezerra (PT) chegou a até a pedir auxílio do na época secretário de educação Luís Eduardo Carneiro (que em 2008 viria a ser seu vice na disputa pela Prefeitura do Natal).

A partir dali a relação entre os reitores da UERN e o Campus de Pau dos Ferros ficou tensa e até recentemente as hostilidades eram uma certeza em visitas institucionais.
Nem os conciliadores Milton Marques de Medeiros e Pedro Fernandes conseguiram acalmar os ânimos. Os reitores e seus candidatos sempre são derrotados no segundo maior campus da UERN.
As lições do passado servem para o presente. Terceira colocada que virou reitora, Ludmilla Oliveira tem feito de tudo para manter a UFERSA em constante tensão.
Agora ela decidiu bater de frente com o Campus ufersiano da aguerrida Pau dos Ferros. Em vez de criar um novo curso de arquitetura em Mossoró, ela quer transferir o de Pau dos Ferros para cá.
A iniciativa é antipática e já despertou a ira da comunidade acadêmica. Nem a justificativa de que em troca vai criar um curso de direito em Pau dos Ferros convence.
Sem a legitimidade do voto, Ludmilla virou especialista em procurar sarna para se coçar. Talvez ela esteja instalando o embrião de uma crise institucional dentro d UFERSA que dure anos como aconteceu na UERN.
Cuidado, reitora para que a revolta não seja transmitida por gerações e dificulte a institucionalidade do ambiente acadêmico.
A senhora já será lembrada como a terceira colocada que virou reitora e corre o risco de ficar na história como a criadora de um ranço que talvez dure décadas.
Alguém do seu entorno precisa alertar para esse erro.