O jornalismo que incomoda e irrita quem luta contra a classe trabalhadora

Foto: divulgação/Blog do Barreto

Hoje é 1º de maio, Dia do Trabalho. Um feriado de celebração, luta e muita reflexão. Nesta data eu reafirmo o compromisso do Blog do Barreto com a democracia, a informação de qualidade, a ética profissional e, num cenário de tantas injustiças, volto a assumir que tenho lado.

O meu lado é o da classe trabalhadora. O meu lado é o da democracia. O meu lado é o da justiça social.

No Brasil de 2025 não cabe mais se falar em jornalismo imparcial. Somos obrigados a assumir posições porque a democracia está em risco. Não existe imparcialidade entre a liberdade e o arbítrio.

O jornalismo em todo o Brasil tem lado. Quem posa de imparcial geralmente está do lado mais forte, mais endinheirado e capaz de gerar mais oportunidades.

O mercado financeiro é o dono da grande mídia nacional. Os empresários mandam na imprensa potiguar. Cada um promovendo as suas ideias.

Não escolhi o lado mais fácil. Eu me odiaria se estivesse sendo querido pelos bolsonaristas, moleques do MBL e os líderes do baronato.

O lugar onde me sinto bem profissionalmente é ao lado da classe trabalhadora. Enfrentar sindicalistas e movimentos sociais é fácil. Eles não contam com a proteção do judiciário, das armas e não tem nada a oferecer a não ser a razão no que reivindicam.

Bater de frente com quem tem dinheiro, armas e meios para intimidar é acima de tudo um ato de coragem e altivez.

Seria muito mais rentável e confortável ficar ao lado dos patrões. Mas o meu lugar é ao lado dos trabalhadores. Os meus amigos são professores, sindicalistas e servidores públicos.

É por seguir essa linha que o meu jornalismo incomoda tanto. Eu sou a voz que irrita quem luta contra a classe trabalhadora.

Sinto um orgulho danado disso.