O PCdoB acredita numa Frente e Ampla. E vocês?

Por Gutemberg Dias*

A quadra política não é fácil para partidos de esquerda, principalmente, o PCdoB que para a sociedade não passa de um apêndice do Partido dos Trabalhadores. Mas, tenho uma certeza, o PCdoB tem altivez e, sobretudo, um programa que o diferencia de muitas legendas, inclusive de seu parceiro histórico.
O PCdoB é desenvolvimentista. Esse Partido desde muito tempo estabeleceu em seus documentos que o Brasil precisa de grandes reformas como a urbana, tributária, agrária, educacional e política. Qual dos partidos que aí estão efetivamente e programaticamente faz essa discussão?
O Partido vem numa exaustiva batalha dizendo para gregos e troianos que é preciso uma Frente Ampla para atravessar esse momento de grande turbulência política que o país e por reflexos os estado e municípios vem passando. O PCdoB segue a máxima de que vão os anéis e ficam-se os dedos!
No próximo ano vamos ter eleições municipais e o campo de disputa não será o plano federal ou estadual. Será nas disputas paroquiais onde será possível medir efetivamente se existe as condições políticas para se construir Frentes Amplas que possam ir além dos mesmos de sempre.
Em Mossoró não é diferente. O que se enxerga são blocos políticos de oposição se articulando, uns mais, outros bem menos, com vistas a enfrentar a atual prefeita Rosalba Ciarlini e seu ajuntamento político. Mas, uma coisa é certa, se esses grupos acham que se dividindo vão somar para ganhar, estão muito enganados. Numa disputa política onde não existe segundo turno a divisão tem um recado, ou seja, vitória do grupo hegemônico.
E onde o PCdoB entra nesse empresado? Muito simples explicar. O Partido acredita que a unificação da oposição é a saída para derrotar eleitoralmente a atual prefeita.
E, eu falando por mim, acredito piamente que se o processo for tocado por interesses próprios e por projetos eleitorais de marcar espaço com vistas a 2022, essa oposição que tem chances reais de vencer, vai mais uma vez perder com letras maiúsculas.
Mossoró tem uma particularidade que não pode ser deixada de lado. Os Rosados antes mesmos de qualquer um que faz oposição aos seus projetos nascerem, já controlavam a política local, ou seja, o embate é contra um agrupamento que conhece as idas e vindas da política local.
Mossoró, não resta dúvida, já tem um apelo popular para que haja uma mudança. Mas, não pode ser simplesmente na base do grito que esse nome é o novo, o diferente. Tem que ter conteúdo e, sobretudo, empatia com esse povo que já arriscou mudar.
Voltando ao PCdoB, tenho a certeza que o Partido não será empecilho para que haja a unificação da oposição, como já disse seu presidente municipal Pedro Lúcio. Mas, nesse sentido, espero que a legenda não fuja da luta e apresente a sociedade mossoroense um projeto que tenha a cara do seu povo, projeto esse forjado no âmbito de um Partido, quase centenário, que tem a oferecer propostas concretas para um novo cenário político-econômico que possa mudar essa cidade.
O PCdoB vive porque é programático e seu projeto não é solitário e sim coletivo na sua essência. Mossoró precisa de um PCdoB forte e do tamanho de suas ideias como disse uma vez um camarada chamado Nildo Cabral.
É hora de unificar!!!

*É Secretário de Organização do PCdoB/RN

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