Por Thiago Lima*
O debate político nos alpendres do Rio Grande do Norte perpassa na disputa de Rogério Marinho e Fábio Faria para o Senado. Os argumentos e análises se dão basicamente em qual dos Ministros irá vencer a prévia-bolsonarista e em seguida ir comprar o terno da vitória.
Os que aguardam o julgamento final e profetizam a compra parecem chegar a esse resultado a partir da equação simples de estrutura + capilaridade de apoio no estado. Porém, vários foram os exemplos na política potiguar recente que apontam que esses elementos por si só não são suficientes. Existindo uma variável no cálculo eleitoral que quando não foi computado resultou na repetição do jargão: “faltou combinar com o povo!”.
A verdade é que a escolha ou não por determinado candidato passa por aspectos subjetivos de percepção do eleitorado da trajetória, das marcas e dos vínculos políticos. Assim, podemos convir que ter uma reforma trabalhista e previdenciária nas costas não deve ajudar muito. Como também, ser filho do Governador que teve 80% de desaprovação e que deixou quatro (4) folhas atrasadas. Os dois têm “manchas” nas suas trajetórias pessoais que podem pôr em xeque qualquer invencibilidade, algo que tem sido pouco apontado nas análises e prognósticos da pré-candidatura dos ministros.
Isso sem falar na má avaliação do Governo Bolsonaro que no RN já atingiu 64,4%, uma desaprovação que se continuar neste patamar aqui e no resto do país tornar sua reeleição inviável. A fuga do rotulo do candidato de Bolsonaro já pode ser percebida na maioria dos deputados estaduais é federais que temem absorver parte da rejeição do presidente, algo bem factível. Se os Deputados já acham que ter Bolsonaro no palanque pode dificultar sua reeleição e as suas chances de vitória, porque devemos crer que existe espaço para um candidato ao Senado de Bolsonaro.
Esses pontos alimentam dúvidas sobre a própria viabilidade do palanque Bolsonarista ao senado e deixa uma questão: Existe chance para um dos dois com tanto peso?
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