Operação “dá gás” a CPI da covid

Operação Lectus vira trunfo para tirar CPI do vexame (Foto: cedida)

A Operação Lectus que investiga eventuais crimes de corrupção na contratação de empresas terceirizadas para gerir os hospitais Pedro Germano e João Machado durante a pandemia é o “gás” que faltava para a CPI da Covid na Assembleia Legislativa sair da beira do abismo.

Se antes as investigações estavam presas a miudezas e picuinhas como saber por que as caixas de cotonetes tinham pesos diferentes, agora a investigação terá uma operação para lhe conferir legitimidade.

Além de derrubar um dos principais argumentos do governismo: o de que não tinha recebido a visita da Polícia Federal.

Politicamente a operação joga o Governo Fátima Bezerra na defensiva. A guerra agora ganha uma frente jurídica em que a petista terá que provar que sua gestão não praticou ilícitos ao mesmo tempo em que terá de fazer a defesa política no debate público.

O Governo traçou a defesa em três argumentos: 1) a Operação Lectus ocorreu justamente no dia da visita do ex-presidente Lula, coincidindo com fato semelhante em Fortaleza, e apenas duas semanas após a troca de comando da PF no RN; 2) a tomada de preços foi acompanhada pela equipe de compras do Ministério Público; 3) a PF e a CGU foram além de suas prerrogativas ao abordar o contrato do hospital João Machado que foi pago com recursos estaduais.

O assunto já está sendo debatido na CPI e tendem a mudar os rumos das investigações. Tanto que a comissão já pediu documentos a PF e CGU.

A CPI da Covid na Assembleia ganhou o sonhado fato novo.

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Reportagem especial

Canal Bruno Barreto