Puro oportunismo! Assim sintetizo o comportamento do senador Rogério Marinho (PL) e do deputado federal General Girão (PL) em relação ao caso do defensor público Serjano Valle que disse que mulheres que votaram em Jair Bolsonaro deveriam levar “dedadas” nas partes intimas.
A fala em um grupo de WhatasApp é asquerosa, misógina e merece ser repudiada.
Agora, não posso deixar de registrar os defensores das mulheres de ocasião como os dois políticos do Rio Grande do Norte que mais tentaram tirar proveito da situação: Rogério Marinho e General Girão.
O senador acionou o defensor público-geral do Rio Grande do Norte, Clístenes Mikael de Lima Gadelha, e a procuradora-geral de Justiça do Rio Grande do Norte, Elaine Cardoso de Matos Novais Teixeira.
Girão provocou a procuradora-geral de Justiça e o Ministério Público Federal. Além de fazer um protesto hoje pela manhã, em Natal.
A indignação dos bolsonaristas é pura hipocrisia. Eles não estão preocupados com a defesa das mulheres, mas em agradar o bolsonarismo local, que ficou revoltado com a fala repugnante do defensor público.
O problema é que eles seguem um ex-presidente que já deu entrevista dizendo que mulher deve ganhar menos porque engravida e disse à deputada federal Maria do Rosário (PT/RS) que não a estupraria porque a considera “feia”.
Vou ficar apenas nessas duas barbaridades para não alongar o texto, mas são fatos que mostram o quanto a misoginia está entranhada no bolsonarismo representado por Marinho e Girão no Rio Grande do Norte.
Marinho foi relator da reforma trabalhista, que tornou legal que mulheres grávidas trabalhem em condições insalubres. General Girão votou contra a lei que torna obrigatória a igualdade salarial entre homens e mulheres.
O histórico da dupla mostra que a zoada deles nunca foi pelas mulheres, mas pelo bolsonarismo.