Sábado escrevi que o segundo governo de Fátima Bezerra (PT) cambaleia com as dificuldades financeiras, mas isso não quer dizer que a situação seja permanente. Há meios para retomar a firmeza nas passadas, mas para isso é preciso um tratamento intensivo.
Neste início de segundo Governo dá para perceber que Fátima tem tentado mostrar que as portas fechadas em Brasília na era Jair Bolsonaro (PL) estão abertas com o presidente Lula (PT), seu amigo há mais de 40 anos. Não poderia ser diferente. Isso é bom e é ruim mesmo tempo, porque ela não poderá nunca alegar que não tem apoio de seu velho aliado.
A questão é que esse alicerce tem sido construído para ações de médio e longo prazo, o que não dá para os potiguares sentirem nestes primeiros meses de segundo mandato.
São obras nas áreas de segurança hídrica, 33 projetos prontos para reconstrução de rodovias, investimentos em segurança pública e turismo.
Ainda existem investimentos e reorganização na saúde em todos os hospitais regionais. Fora as delegacias inauguradas e a recomposição das forças policiais.
Na educação estão em curso obras para a construção de dez IERNs, que já estão com mais de 60% das obras prontas, com previsão de serem entregues até novembro.
Existem notícias boas a serem dadas no médio e longo prazo com recursos próprios, financiamentos e parcerias com o Governo Federal, mas há o fantasma de uma crise fiscal e a consequente tensão com o funcionalismo.
O grande entrave à retomada dos passos firmes do Governo Fátima é a situação fiscal.