
Acredite. Tinha vereador governista querendo votar contra o Projeto de Lei Complementar 139 que retira o desconto em contracheque da contribuição voluntária para os sindicatos que representam os servidores municipais.
Mas a conveniência é mais forte que a convicção. Quem conhece os bastidores sabe que o rosalbismo joga duro com os vereadores por quem tem um desprezo monumental, mas precisa deles para agirem como funcionários de cartório que carimbam suas decisões.
É isso. O legislativo é um mero meio formal para referendar decisões sem qualquer discussão.
Nada contra quem é funcionário, tudo contra o desvirtuamento da atividade parlamentar.
Qualquer casa legislativa precisa servir de contrapeso contra decisões tirânicas de governantes que flertam com um autoritarismo vulgar como a prefeita Rosalba Ciarlini (PP).
Na Assembleia Legislativa é comum deputados pedirem vistas de processos e abrirem diligências em projetos do executivo. Faz parte processo legislativo. No Congresso Nacional as propostas são aprovadas através da construção de acordos entre oposição e situação.
Na Câmara Municipal reina o primitivismo político que torna a sede do parlamento indigna de ter o nome do ícone da resistência, Rodolfo Fernandes. Com uma bancada de mamulengos travestidos de vereadores governistas, a casa não resiste a nada que venha do poder executivo.
O prédio deveria se chamar palácio da submissão por ser incapaz de combater medidas desnecessárias e injustas que venham de parte do poder executivo.
Para isso pouco importam regras como o Regimento Interno que é manipulado ao sabor das conveniências.