O presidente Jair Bolsonaro (PL) visitou o Rio Grande do Norte pela quarta vez nesse ano eleitoral e ainda assim não tem um palanque organizado no Estado onde seu principal aliado, o ex-ministro Rogério Marinho (PL), tenta uma vaga ao Senado.
Nas duas últimas vezes, Bolsonaro já tinha em tese um candidato para chamar de seu: o ex-vice-governador Fábio Dantas (SD). Na visita de junho, Dantas alegou compromissos fora do Estado para levar falta. No final de semana foi a desculpa foi teste positivo para covid.
Fábio Dantas tem negado ser bolsonarista e a estratégia discursiva faz sentido. Bolsonaro é desaprovado no Estado por 60% dos potiguares e funciona como uma ancora numa disputa para o Governo.
Outro nome que poderia ser alinhado com o bolsonarismo dentro da oposição a governadora Fátima Bezerra (PT) é o do senador Styvenson Valentim (Podemos), que disputa com Dantas o segundo lugar nas pesquisas, mas ele sempre que pode critica o presidente embora tenha no RN eleitores em comum com mandatário nacional.
O que restou a Bolsonaro é a ex-vereadora de Grossos Clorisa Linhares (PMB). Com seus pouco menos de 3% nas intenções de votos nas pesquisas ela não tem nada a perder e colar no eleitor do presidente pode fazer ela sair maior do que entrou nessas eleições.
Como bem lembrou o ex-prefeito do Natal Carlos Eduardo Alves (PDT), numa entrevista à Tribuna do Norte em fevereiro deste ano, a oposição, leia-se bolsonarismo, está desarrumada no Rio Grande do Norte.