Pátria amada, não pode ser pátria armada ou como os pseudos cristãos usam da desfaçatez…

Tales Augusto de Oliveira*

Causou espanto entre cristãos a fala do Arcebispo de Aparecida ao falar que “Pátria Amada não pode ser Pátria Armada”?

Soa estranho é a defesa da violência por cristãos. Contudo, não é de hoje que parte da cristandade na atualidade se envolve com ideologias diversas que não condizem com o Evangelho. Alguns de forma torpe, ignorante (no sentido de desconhecimento da Bíblia), outros por pura desfaçatez, estes chegam a escolher apenas os versículos e capítulos que se identificam com eles e ainda esquecem que o tal Jesus, pregou Amor incondicional a todos, eles ainda enaltecem Israel de uma forma que quero entender, já que estes nem em Jesus acreditam.

Pois bem. Vamos devagar para entender o que envolve as práticas cristãs e Inicialmente o Catolicismo. Desde a década de 1960 em diante, correntes doutrinárias na Igreja Católica surgiram, as principais são a Teologia da Libertação onde faz “uma opção preferencial pelos pobres” (pensam que Jesus veio pra todos, mas principalmente para quem mais precisa) e a Renovação Carismática (segundo alguns são católicos que querem ser evangélicos, mas têm vergonha), surgida nos Estados Unidos e com interesse de se contrapor a Teologia da Libertação.

O Cristianismo, ou melhor, os pseudos cristãos, usam o nome daquele que eles chamam e acreditam ser Deus sem não seguir os seus ensinamos.

Para alguns, alimentar os pobres, Amar a todos independente de quem sejam, valorizar a vida, ser contra a violência e em especial a tortura, são erradas e acham que são até heresias ao Cristo. Queria entender essas pessoas que lotam igrejas, fazem arminhas nos cultos e missas, só que cegam para os irmãos que vivem em dificuldades, querem que matem pessoas encarceradas, torturem, que as pessoas em situação de rua morram de fome.

Quem vos escrever é um Cristão e Historiador, leitor da Bíblia e que na máxima AMAI AO TEU PRÓXIMO COMO A TI MESMO continua a seguir o Cristianismo. E concluo com a lembrança de uma canção cristã católica e as palavras de um pastor protestante/evangélico que admiro demais. A canção fala sobre o profeta Jeremias, “Tenho que gritar, tenho que falar, aí de mim se não o faço”. E lembrei do Pastor Martin Luther King quando disse “O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons”. Porque cristãos andam calados e medrosos? Cristãos ou PSEUDOS CRISTÃOS?

*É cristão, historiador, autor do livro HISTÓRIA DO RN PARA INICIANTES e mestrando em Ciências Sociais e Humanas pela UERN.

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