Pedir afastamento de reitora da Ufersa antes da conclusão do processo seria uma medida precipitada

Reitora tem direito a esgotar todos os recursos antes de ser destituída (Foto: reprodução)

Acerta o Conselho Universitário da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (Consuni/UFERSA) ao tratar com cautela a situação da reitora Ludmilla Oliveira, que teve o título de doutora anulado após comprovação de plágio por uma comissão da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

A defesa da reitora alega que o prazo para entrou em decadência e “não há má-fé constatável”*, mas o recurso negado no último dia 19 (saiba mais AQUI). A reitora trabalha com a alegação de ausência de má fé e prescrição do caso.

Apesar disso, é necessário tratar o assunto com maturidade em vez de gerar ainda mais instabilidade na Ufersa, que já vive uma situação política caótica desde que Ludmilla, terceira colocada nas eleições, foi nomeada há três anos pelo então presidente Jair Bolsonaro (PL).

O Consuni montou uma comissão com representação de cada segmento da comunidade universitária para acompanhar o caso. A ideia é saber qual o status da validade do título de doutora e qual o limite de recursos para a reitora. É necessário respeitar cada trâmite antes de realizar a destituição de Ludmilla, que já não reúne condições morais e políticas de ser bem-sucedida em sua tentativa de reeleição ano que vem.

Destituir a reitora agora seria uma decisão precipitada. A cautela adotada é o melhor caminho.

*Trecho alterado após contato da defesa da reitora negando que ela tenha reconhecido o plágio.

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Reportagem especial

Canal Bruno Barreto