Aprovação variando entre 40 e 45 pontos percentuais. Desaprovação na faixa dos 40%. A síntese do quadro de avaliação da governadora Fátima Bezerra (PT) é de que a gestão dela divide os potiguares.
Não está claro se a eleição de 2022 no Rio Grande do Norte será de mudança ou continuidade. A situação da petista está em aberto.
A intenção de voto em Fátima também não ficou muito diferente dos 33%. Vale lembrar que em 2018 no auge do antipetismo ela partiu com índices semelhantes e quase venceu no primeiro turno.
Agora a situação é diferente, mas ela tem bons ativos políticos como o pagamento dos salários atrasados, redução dos índices de criminalidade e a volta da normalidade fiscal. Além, claro, do fator Lula que tende a puxar a votação da governadora.
As péssimas lembranças das gestões de Rosalba Ciarlini e Robinson Faria também são ótimos ativos políticos.
Talvez sejam esses fatores que levem o MDB e o PDT a abdicarem de liderar a oposição contra Fátima mesmo com Garibaldi Alves Filho liderando as intenções de voto para o Senado e Carlos Eduardo Alves (PDT) consolidado em segundo lugar.
Os primos Alves preferem a acomodação política a um embate em que correm o risco de saírem derrotados novamente.
Dentro do bolsonarismo, os ministros Rogério Marinho (PL) e Fábio (PSD) fogem de um embate direto contra Fátima preferindo uma disputa interna para ser o senador de um Bolsonaro rejeitado por mais de 60% dos potiguares.
Os dois preferem prepostos como o deputado federal Benes Leocádio (Republicanos) ou incentivar sacrifícios políticos de aliados como o prefeito do Natal Álvaro Dias (PSDB). Este último, por sinal, já oficializou que não será candidato a nada em 2022. O primeiro fracassou nas pesquisas de intenção de voto.
Apesar dos sinais de dúvidas do eleitor, os adversários de Fátima creem na reeleição dela. Os gestos falam mais que as palavras.