Muita gente trata a vinda da Petrorecôncavo para o Rio Grande do Norte como a redenção da indústria petrolífera do Rio Grande do Norte.
Mas como estão os 34 campos adquiridos pela empresa privada em leilão?
O Blog do Barreto levantou os números junto ao Sindpero/RN. A produção atual é de 6.200 barris. Em dezembro de 2016 eram de 8.600. “A queda foi devido ao processo de venda que fez a Petrobrás abandonar os investimentos, a produção se mantinha estável há dez anos”, explica o secretário-geral do Sindpetro Pedro Lúcio Góis.
Somente em Riacho da Forquilha são atualmente 350 trabalhadores empregados diretamente nas concessões. Isso sem contar o pessoal administrativo e operacional indireto que fica na Base-34 em Mossoró e na Base de Natal. “Se for para estimar o indireto eu colocaria mais 150. Esse número era maior em 2016”, acrescenta Pedro.
Fala-se que a Petrorecôncavo vá contratar 200 funcionários, o que na prática seria a extinção de 150 postos de trabalho.
Outra preocupação do sindicato é quanto a manutenção das operações. “Riacho é duas vezes maior que todas as outras operações da PetroRecôncavo no país juntas. Caso a empresa não seja bem-sucedida nessa área, quem a socorrerá, a Petrobrás?”, questiona.
A 6.200 barris gera um faturamento anual de R$ 638 milhões para a Petrobras anualmente.