O Rio Grande do Norte é terra de Nísia Floresta, Alzira Soriano, Celina Guimarães, Maria do Céu Fernandes, Wilma de Faria e tantas outras mulheres pioneiras. Mas ainda hoje o Estado tem pouca representatividade feminina.
Dos oito deputados federais, só temos uma mulher. O máximo que alcançamos foram duas representantes entre 2002 e 2010 (sempre Sandra Rosado e Fátima Bezerra). No Senado só elegemos três mulheres (Rosalba Ciarlini, Fátima Bezerra e Zenaide Maia) ao longo da história.
Para o Governo do Estado, já há uma predominância feminina. De 2002 para cá só em 2014 um homem, Robinson Faria, foi eleito governador. Em 2002 e 2006 Wilma foi a eleita e em 2010 e 2018 Rosalba e Fátima foram as escolhidas respectivamente.
Em Natal, a prefeitura vem sendo dominada por homens neste século. Só Micarla de Sousa venceu em 2008. No restante dos pleitos Carlos Eduardo Alves (2004, 2008, 2012 e 2016) levou a melhor.
Já em Mossoró o predomínio é feminino. Neste século todas as eleições regulares (2004, 2008, 2012 e 2016) foram mulheres as vencedoras. Só em 2014, num pleito suplementar, Francisco José Junior foi o homem eleito.
Mesmo assim é pouco e o problema está no poder legislativo. A representação feminina na Câmara Municipal de Mossoró atual é de apenas quatro mulheres. Em Natal são apenas seis mulheres ocupando um total de 29 cadeiras no parlamento local.
Na Assembleia Legislativa das 24 vagas só três são ocupadas por mulheres: Isolda Dantas, Eudiane Macedo e Cristiane Dantas.
Dá para dizer que as mulheres são competitivas quando entram em disputas majoritárias, mas não conquistam os espaços necessários nos parlamentos. A política ainda é dominada pelos homens de forma desproporcional.
Os poucos mandatos femininos que existem são de atuações de destaque nos parlamentos. É preciso aumentar a presença das mulheres para elevar a qualidade da política.