
A região oeste do Rio Grande do Norte continua liderando as taxas de ocupação nos leitos de Unidades de Terapia Intensivas (UTI) para pacientes de covid em estado crítico. De acordo com dados da Secretaria de Estado da Saúde Pública do RN (Sesap), 69,2% dos leitos voltados para pacientes em estado crítico permanecem ocupados. Na região do Seridó a ocupação é de 50,0% e na região metropolitana de 54,3%. A média no RN é de 57,8%.
O Blog do Barreto recebeu algumas mensagens de leitores tentando compreender o porquê do número elevado de leitos ocupados na região oeste, uma vez que na última semana chegou a ser anunciado inclusive o fechamento de leitos de UTI’S em Mossoró por falta de demanda.
Para a Secretária de Saúde de Mossoró, Morgana Dantas, o número ainda elevado de leitos ocupados se justifica porque situação da doença no estado permanece crítica. Ela explica que a alta no numero de casos de Covid-19 no RN iniciou na região metropolitana e depois foi chegando ao oeste, consequentemente o tratamento e diminuição dos índices começa pelas outras regiões e será sentido aqui posteriormente.
“Primeiro é importante lembrar que a situação continua preocupante. O avanço na vacinação nos ajudou muito e se hoje não temos mais uma superlotação é por conta disso, mas não significa que já nos livramos da doença. Segundo, é possível supor que nas próximas semanas também registraremos números menores na lotação das UTI’s, já que os pacientes estão se recuperando e voltando pra suas casas pouco a pouco”, destacou a Secretaria Municipal.
Morgana ressaltou que o fechamento de leitos de UTI’S foi muito mais um gesto simbólico do que um fato a se considerar. Ela explica que mesmo as UTI’s que ficaram sem ninguém permanecem na contagem de leitos do município e prontas para receber novos pacientes.
“Será um sonho quando chegar o dia em que realmente não teremos mais pacientes nas UTI’s internados por COVID, hoje o que temos é um alívio no número desproporcional de casos que tínhamos há algumas semanas. Os hospitais estão fechando seus leitos momentaneamente, o que não significa que dias, ou horas depois, não possam receber novos pacientes com a doença”, concluiu Morgana.
O Blog também procurou a Sesap, que apontou outros elementos importantes para compreender a dinâmica de contaminação por Covid-19 na região. Por meio de nota, a secretaria afirmou:
“Desde o início da pandemia, a região Oeste aponta desafios e foi uma região que sempre teve um olhar muito atento tanto da Sesap como do Governo por ter uma taxa de ocupação maior que as outras regiões. É importante ressaltar que a região sempre teve um comportamento diferente, devido a alguns fatores como: proximidade com o estado do Ceará e população flutuante. A Sesap abriu leitos de UTI tanto clínicos como críticos, oferecendo toda rede de assistência Covid”, destacou.