Post de Rafael Motta mostra como em tempos de campanha é preciso pensar em todos os detalhes

Rafael reforça voto em Fátima, após postagem que abria margem para confusão (Foto: cedida)

O deputado federal Rafael Motta (PSB) vem sendo impecável na estratégia de ocupar o vácuo de candidatos lulistas na disputa pelo Senado no Rio Grande do Norte.

De forma pragmática ele vem indicando voto em Fátima Bezerra (PT) para o Governo do Rio Grande do Norte mesmo sem existir reciprocidade, já que ela vai com o ex-prefeito do Natal Carlos Eduardo Alves (PDT).

Motta tem apostado em colar a imagem dele na do ex-presidente Lula (PT), maior puxador de votos do Estado, e agradar a base petista potiguar mantendo-se leal a governadora.

Os resultados têm aparecido com ele ultrapassando a marca de dois dígitos na parcial da média das pesquisas de agosto e chegando a ficar em empate técnico com o ex-ministro bolsonarista Rogério Marinho (PL) na badalada pesquisa IPEC.

O foco é pegar os eleitores indecisos, que ainda são muitos para o Senado.

Mas é preciso tomar cuidado na hora de tentar parecer descolado (no sentido de moderninho) nas redes sociais. Ontem ele postou um print de postagem da cantora Anitta em que ele põe uma mão (em ironia as anotações de Bolsonaro na entrevista ao Jornal Nacional) como os votos em Lula e 400 para o Senado, deixando o voto em governador em aberto.

Logicamente, a artista, que é eleitora no Rio de Janeiro, estava indicando voto no deputado federal Alessandro Molon (PSB). Rafael quis fazer uma brincadeira sem se dar conta que o voto em aberto de Anitta poderia confundir o eleitor potiguar.

A mídia bolsonarista potiguar explorou o assunto especulando um racha entre ele e Fátima.

O Blog do Barreto conversou rapidamente com Rafael que disse: “lógico que voto em Fátima, Bruno”.

Em nota da Assessoria de Comunicação do candidato ele informou ainda que Lula e Fátima é a chapa do coração e que houve alinhamento completo com o PT na atual quadra histórica.

O senadorável precisa ficar de olho porque qualquer deslize pode dar margem para os adversários confundirem o eleitor.

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Reportagem especial

Canal Bruno Barreto