Potiguares citados por Machado se dizem inocentes

Os políticos potiguares optaram por notas de esclarecimentos para explicar porque foram citados pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado. Todos se disseram inocentes.

O deputado federal Felipe Maia (DEM) alegou ter recebido doações legais. “Todas as doações recebidas na minha campanha foram devidamente contabilizadas e aprovadas pela Justiça Eleitoral. Em 2014, as doações recebidas de empresas privadas, dentro do que regia a legislação vigente, foram arrecadadas pelo Diretório Nacional do meu partido e sem intermediários. Por isso, fui surpreendido com a citação do meu nome na delação do ex-senador Sérgio Machado. Afinal, como parlamentar de oposição há 10 anos, jamais teria como condicionar doação à troca de favores de governo”, garantiu.

O ministro do turismo Henrique Alves (PMDB) classificou como levianas e irresponsáveis as declarações de Machado. “Todas as doações para as campanhas de Henrique Eduardo Alves foram oficiais, as prestações de contas foram aprovadas e estão disponíveis no Tribunal Superior Eleitoral, como determina a lei. As relações dele com políticos, funcionários públicos e empresários são pautadas pela ética e respeito institucional do cargo público ocupado. Nunca pediu qualquer doação ilícita para empresário ou quem quer que seja. Nas eleições de 2008 e 2012, como presidente de partido, eventuais pedidos de doações foram para as campanhas municipais, obedecendo a lei vigente, sempre com registro na Justiça Eleitoral”, garantiu.

Ao Novo Jornal o senador Garibaldi Filho (PMDB) e o deputado federal Walter Alves (PMDB) garantiram que as doações foram legais: “Com relação ao conteúdo de notícias divulgadas hoje sobre a delação negociada pelo ex-senador Sérgio Machado, esclarecemos que o próprio delator – quando cita o senador Garibaldi Alves Filho e o deputado federal Walter Alves – ressalta que as doações feitas a eles foram oficiais e sem nenhuma troca de favor, benesse ou vantagem de qualquer natureza. A Lei 9.504 e as resoluções do Tribunal Superior Eleitoral previam esse tipo de arrecadação nas campanhas eleitorais, inclusive fixavam percentuais para pessoas físicas e jurídicas”.

O senador José Agripino disse que tinha a obrigação de buscar doações para filiados. “As doações que, como presidente de Partido tenho a obrigação de buscar, obedecendo à legislação vigente, foram obtidas sem intermediação de terceiros, mediante solicitações feitas diretamente aos dirigentes das empresas doadoras. Presidente de Partido de oposição que sou, não teria nenhuma contrapartida a oferecer a qualquer empresa que se dispusesse a fazer doação em troca de favores de governo. As doações recebidas – todas de origem lícita – foram objeto de prestação de contas, devidamente aprovadas pela Justiça Eleitoral”, declarou.

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Reportagem especial

Canal Bruno Barreto