Precisamos voltar

Por Amaro Sales de Araújo*

O COVID-19 chegou e alcançou o mundo. No Brasil, desde março, ajudado por alguns fatos gerados pela gestão pública, o coronavírus fez um estrago na economia, tumultuou a política, desmascarou crimes, mudou relações sociais. E o pior: estamos em junho, ele continua presente e permanece desarrumando a vida de muitos.
Apesar de todos os esforços da ciência, a vacina, mesmo para os mais otimistas, não chegará ao mercado até o final de 2020, portanto, a solução definitiva – lamentavelmente – não estará disponível nos próximos meses. Assim, não há outra alternativa senão tentarmos conviver com o vírus até que tenhamos, de fato, a tão esperada vacina.
Para convivermos com a ameaça diária do coronavírus, precisamos nos acostumar a novos hábitos de vida e um novo modelo de produção. E para retomarmos as atividades – dentro do “novo normal” – vamos ser obrigados a observar procedimentos que desestimulem a disseminação da doença e nos ofereça níveis aceitáveis de segurança para trabalhar e viver.
Precisamos nos preparar! São novos e necessários desafios.
Estamos pensando e discutindo muito sobre o assunto. Já foi amplamente noticiado, inclusive, que a FIERN e as demais Federações (FECOMERCIO, FAERN, FETRONOR), SEBRAE, com apoio de outras instituições (FCDL, FACERN, ACERN) construíram uma proposta que foi aprovada pelo Governo do Estado. Esperamos que, brevemente, possamos ter a abertura, aqui no Rio Grande do Norte, de outras atividades econômicas. E, a partir daí, um calendário seja conhecido e que, planejadamente, possamos restabelecer todas as atividades o quanto antes possível.
Com a ajuda de todos, estamos apoiando o grande esforço pelo distanciamento social no nosso Estado. Precisamos baixar a velocidade e o índice de transmissibilidade da Covid-19 e, realmente, o distanciamento social tem sido a maior aposta do Governo do Rio Grande do Norte. Deveríamos investir mais em testagem da população e comunicação. São outros dois eixos relevantes que precisam ser prestigiados, agora e mais adiante.
Evidentemente que as aglomerações, mesmo com a retomada gradual das atividades econômicas, serão evitadas ainda por um bom período. Por outro lado, as lojas, restaurantes, bares, hotéis, indústrias, escritórios estão estudando e já implementando protocolos de prevenção ao coronavírus. Temos plena consciência de que álcool gel, máscaras, água e sabão, distanciamento entre as pessoas, home-office, videoconferências, outros novos métodos de trabalho e outros insumos de higiene e prevenção estão, definitivamente, incorporados ao nosso cotidiano.
Com segurança e esperança, precisamos voltar, uns ajudando aos outros, com a certeza que a nova caminhada exige, pelo menos, planejamento, disciplina e solidariedade.

*É industrial, Presidente do Sistema FIERN e Secretário-Geral da CNI.

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