Na terça-feira enquanto três pacientes estavam lutando para sobreviver na UPA do Santo Antônio (dois foram transferidos para um local adequado para suspeitos de covid-19 e um morreu) a prefeita Rosalba Ciarlini (PP) ia as redes sociais anunciar uma “boa nova” nas redes sociais:
“#HospitalDeCampanha Prefeita Rosalba Ciarlini anuncia início do funcionamento do Hospital São Luiz como hospital de campanha exclusivo para casos de coronavírus\\ ‘A partir das 19h de hoje os leitos hospitalares vão começar a funcionar para indivíduos que estão com o novo coronavírus’”.
Às “19h horas” era de terça-feira, repito.
O post ainda está nas redes sociais da Prefeitura de Mossoró como você pode conferir abaixo:
https://www.instagram.com/p/B_iDnfgg4bA/?igshid=qohldxwrfyx6
No entanto, o Blog do Barreto conferiu com a assessoria da Associação de Proteção e Assistência à Maternidade e Infância de Mossoró (APAMIM), que vai administrar os leitos, que informou que o serviço só estará disponível a partir de amanhã, 1º de maio.
Na terça-feira o Blog do Barreto já informava que os pacientes da UPA do Santo Antônio não poderiam ir para o Hospital São Luiz porque era necessário dar alta a dois pacientes que estão internados lá e não estão com covid-19.
O detalhe omitido na propaganda oficial é que o funcionamento do São Luiz como hospital de campanha para pacientes da covid-19 é fruto de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) que envolve Ministério Público, Prefeitura de Mossoró, Governo do Estado e a APAMIM.
O acordo prevê um repasse de R$ 594 mil pelo município (contrapartida obrigatória) e demais parcelas (repasse dos recursos enviados pelo SUS para o Fundo Municipal de Saúde pelo serviço prestado pelo São Luiz – produção) que vai variar de um mês para outro conforme a quantidade de pacientes que estiver internados.
Já o Governo do Estado, o acordo prevê repasse de R$ 633 mil também a título de contrapartida.
Somando as contrapartidas do Estado e do Município, com o valor da produção do SUS, estima-se que o custo dos 100 leitos (35 UTI e 65 UCI) do São Luiz, estando 100% ocupado, seja de R$ 4,14 milhões/mês.
O descumprimento do TAC prevê multa de R$ 500 mil que serão convertidos para ações de combate e prevenção ao covid-19.
Confira o TAC_sobre o COVID-19 assinado MOSSORÓ