Eleito por uma maioria de apenas 46 votos nas eleições de 15 de novembro de 2020, Marcelo Oliveira (PP) renunciou a cargo de prefeito da cidade de João Dias, distante 372 Km de Natal.
A renúncia foi publicada no Diário Oficial da Federação dos Municípios do Rio Grande do Norte (FEMURN).
Esta é a segunda renúncia de prefeito do interior do RN no espaço de pouco mais de um ano. Outro caso foi de Lilito Monteiro (MDB) em Rodolfo Fernandes.
O que chama atenção no caso de Marcelo é que ele será substituído por Damária Jácome (PP), que em plena disputa eleitoral do ano passado esteve na condição de foragida da justiça. Ela é investigada pela acusação de envolvimento em milícia privada, receptação e posse ilegal de arma de fogo.
Damária foi empossada pelo pai, Laete Jácome (PP), que é presidente da Câmara Municipal de João Dias. Ele também esteve na condição de foragido da justiça em pleno processo eleitoral do ano passado, mas ainda assim foi o vereador mais votado da cidade cm 310 votos (11,65%).
Ele é acusado de chefiar uma organização criminosa.
Durante as investigações a Polícia Civil encontrou na casa de Laete R$ 15.535,00; duas espingardas calibre 12, com 100 munições do mesmo calibre; dois rifles de calibre 38, com 103 munições do mesmo calibre; e três pistolas calibre 380, com 80 munições.
Os problemas da Jácome não param nos políticos. Pelo menos três irmãos da nova prefeita de João Dias possuem mandados de prisão pela Interpol, a Polícia Internacional.
São eles:
Francisco Deusamor Jácome de Oliveira, de 37 anos;
José Romeu Jácome de Oliveira, 34;
Leidjan Jácome de Oliveira, 36.
Eles foram presos
Além dos irmãos, o cunhado, Carlos André Freire da Silva, 45 anos, foi preso recentemente após ser procurado pela Interpol por sete anos. Ele tem uma condenação de 2018 a 12 anos 10 meses de prisão por tráfico internacional de drogas.
Saiba mais em: