Pressão das mães atípicas surte efeito e projeto de Allyson só será votado após audiência pública

Mães atípicas conquistam vitória (Foto: reprodução)

Enfim um sopro de cidadania na Mossoró de Allyson Bezerra (UB). Um grupo de mães atípicas conseguiu impedir que fosse aprovado nesta semana o projeto de lei enviado pelo prefeito Allyson Bezerra (UB) como peça de marketing político em forma de cavalo de troia para educação inclusiva com a contratação de gente desqualificada para atender crianças com deficiência e Transtorno do Espectro Autista (TEA) em sala de aula.

A pressão na sessão desta terça-feira resultou na costura de um acordo para que o projeto só fosse votado após a realização de uma audiência pública na Câmara Municipal.

O evento foi marcado para o próximo dia 9 com a presença do embaixador da política nacional de educação anticapacitista do MEC Ivan Baron que atendeu a um convite da vereadora Plúvia Oliveira (PT). “Após a pressão de mães atípicas e vereadores da oposição de Mossoró/RN, a votação do PL 115 do prefeito Allyson Bezerra foi adiada. Ele propõe a contratação de pessoas SEM especialização para cuidar de alunos com deficiência nas escolas municipais”, afirmou Ivan nas redes sociais.

Plúvia também criticou a proposta. “Como incluir as pessoas com deficiência e pessoas com autismo na educação de fato se o Prefeito mais visa o espetáculo e envia um projeto que em nenhum momento olha para as reais necessidades das mães atípicas e das crianças? ‘Incluir’ e sem inclusão é retrato de uma gestão municipal de Mossoró que tenta maquiar a cidade, mas que não olha para seu povo! Essa é a Mossoró realista e eu estou aqui para mostrar, fiscalizar e propor alternativas para mudar Mossoró para melhor!”, analisou.

Contexto

Na semana passada o prefeito entregou o Projeto de Lei 115/2025 que cria 800 vagas para auxiliares e sala de aula para atuar na educação inclusiva. As únicas exigências são ser maior de 18 anos, ter ensino médio completo e passar por um curso de formação a ser ofertado pelo município.

A proposta revoltou as mães atípicas que querem profissionais qualificados prestando o serviço como exige a Lei Brasileira de Inclusão e a Lei Berenice Piana, esta última trata dos direitos dos autistas.

 

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Reportagem especial

Canal Bruno Barreto