Processo seletivo pode terminar com ação judicial

Reunião OAB

Após a polêmica no processo seletivo realizado pela Prefeitura Municipal de Mossoró (PMM) no último domingo, 31, na Escola Estadual Professor Abel Coelho, os candidatos que perderam a prova porque os portões foram fechados antes do horário previsto no edital deverão pedir o cancelamento do certame.

Na tarde de hoje, 01, as candidatas Lucilene Andrade e Fernanda Rodrigues, representando os candidatos prejudicados, juntamente com o vereador Genivan Vale (Pros), estiveram com o vice-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Kallyo Gameleira, para formalizar a denúncia contra a desorganização do concurso. O advogado recebeu a denúncia e dará os encaminhamentos para o pedido de suspensão do processo seletivo.

Mais de 200 candidatos deixaram de fazer a prova no último domingo. “Quase 30% dos candidatos foram prejudicados por causa da desorganização do processo seletivo para a área da saúde”, observa o vereador Genivan Vale. Os candidatos prejudicados chegaram a fazer um Boletim de Ocorrência (BO) para registrar a situação.

O problema pode ter origem em mudanças registradas a partir da publicação do edital 02/2015, feita no dia 25 de dezembro de 2015. No edital, assinado pelos secretários de administração, saúde e pelo prefeito Francisco José Júnior, constam inúmeras alterações, incluindo a antecipação do fechamento dos portões das 7h45 para as 7h30. No entanto, muitos candidatos alegam que mesmo chegando antes das 7h30 já se depararam com os portões fechados.

“Eu cheguei às 7h15 para fazer a prova e os portões já estavam fechados”, relata o candidato Sanderson Marques. Em vídeos feitos pelos candidatos no momento da confusão, uma das concorrentes relatou que chegou a entrar pelo portão principal do colégio, mas foi expulsa do espaço. “Eu cheguei às 7h20 e fui colocada pra fora. Isso é um desrespeito”, diz exaltada a candidata.

Além da questão do horário, os candidatos prejudicados com a desorganização do concurso elencaram 15 possíveis irregularidades que deverão embasar o pedido de cancelamento.

Entre elas estão: a modificação do edital feita em dia não útil; portões fechados antes das 7h30; portão externo não ser considerado acesso à Escola Estadual Professor Abel Coelho; não uso de detectores de metais no acesso aos banheiros; e a lista com nomes dos candidatos estarem no muro da escola, em vez de estarem na entrada das salas, ou seja, fixada fora do recinto.

Os candidatos também questionam o processo de elaboração das provas, inclusive levantam a suspeita de plágio de provas de concursos de Pernambuco e Rio de Janeiro; além de falhas no processo de inscrição e comprovação de documentos. “Houve caso de uma candidata para o cargo de nutricionista que constava o nome do seu pai, que é eletricista”.

 

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Reportagem especial

Canal Bruno Barreto