“Projovem Campo” paralisa atividades

Pró-jovem

Uma equipe formada por 33 profissionais responsáveis pela execução do programa “ProJovem Campo”, dentre eles 16 professores, paralisaram esta semana suas atividades em decorrência dos constantes atrasos nos repasses dos recursos.

Com cinco meses de salários atrasados, os profissionais, que atendem a 06 escolas na zona rural de Mossoró, estão sem condições até mesmo para o deslocamento até os seus locais de trabalho.

O ProJovem Campo é um programa do Governo Federal em parceria com as prefeituras dos municípios. Em Mossoró foi aberta uma licitação para que outras instituições coordenassem o Programa, sendo contemplada a Fundação Assistencial Mãe Aninha de Albuquerque, com sede na cidade de Cajazeiras (PB), o que causa estranheza aos servidores, sendo que não há sequer um representante da instituição em Mossoró.

“Procuramos a Prefeitura, por intermédio da Secretária de Educação, há época Iêda Chaves e esta nos informou que não poderia fazer muita coisa, pois a responsabilidade era da Fundação, que é uma instituição sem fins lucrativos. Ainda conversamos com a atual secretária da Educação, Glaudionora Silveira, que disse que iria fazer um levantamento e ver como poderia nos pagar, mas até o momento não foi resolvido nada. Por parte da Fundação, não conseguimos falar com ninguém que possa dar qualquer posicionamento”, informou Maluce Dantas, coordenadora de área do Programa.

Os profissionais tentaram ainda um contato direto com o prefeito de Mossoró. Uma reunião foi agendada para a última segunda-feira (21), mas o representante do Executivo “furou” ao compromisso.

“Uma secretária pediu nosso telefone, mas até o momento ninguém entrou em contato. Nessa reunião, exporíamos o problema de forma detalhada e apelaríamos para que alguma coisa fosse feita, pois precisaríamos continuar com o trabalho de educação na zona rural de Mossoró”, declarou Rosiane, uma das professoras do programa.

O Projeto, que foi iniciado em abril de 2015, já recebeu valores próximos de meio milhão de Reais, conforme informações no site do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), ainda assim, até o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) dos trabalhadores, só foi depositado apenas durante dois meses.

Os servidores informaram ainda que até agora, decorridos quase um ano de início do Programa, não foi assinado ainda qualquer contrato de trabalho entre a instituição gestora e os servidores.

“O que estamos pedindo é clareza com relação a estas informações. Hoje não sabemos para quem estamos trabalhando e queremos ainda o pagamento dos nossos salários, tendo em vista que os recursos foram repassados”, declarou um servidor que preferiu não se identificar.

Ante o impasse, o grupo pretende agora cobrar a interferência direta do Ministério Público para resolver o problema. Até lá, sem condições de trabalho, os profissionais continuarão com suas atividades escolares paralisadas.

Além do problema com o atraso de repasses, os profissionais denunciam que a bolsa de auxílio aos alunos também está em atraso, não tendo sido repassada até o momento nenhuma parcela, este recurso é feito diretamente pelo do Governo Federal.

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Reportagem especial

Canal Bruno Barreto