PSDB pode repetir estratégia do PMDB em 2010

PSDB de Ezequiel tem três caminhos. Um deles pode repetir o MDB de 2010 (Foto: Web/autor não identificado)

A história pode se repetir 12 anos depois. Em 2010 o MDB quando ainda tinha “P” de partido estava completamente dividido. Uma ala liderada por Henrique Alves preferia alinhar-se a então governadora Wilma de Faria. A outra, sob o comando de Garibaldi Alves Filho, na época principal liderança política do Estado, preferia fechar com a posição e a candidatura favorita ao Governo do Estado de Rosalba Ciarlini.

O partido marcou um duplo. Não se coligou com o PSB de Wilma que apostava em Iberê Ferreira de Souza nem com o DEM de Rosalba. O PMDB montou uma coligação com o PV e o PR (o atual PL). Só lançou a candidatura de Garibaldi ao Senado na majoritária e deixou deputados e livres para apoiar quem bem entendessem.

Resultado: Garibaldi reeleito com mais de um milhão de votos casando politicamente com José Agripino e Rosalba, outros dois vitoriosos nas urnas.

A depender das declarações milimetricamente calculadas do presidente da Assembleia Legislativa Ezequiel Ferreira de Souza (PSDB) na entrevista concedida à Tribuna do Norte essa possibilidade de o PSDB ser a versão do MDB de 2010 em 2022 é real. Ele mantém boa relação com a governadora Fátima Bezerra (PT) e não descarta apoiar a reeleição dela em 2022, mas também confirmou que apoia a candidatura de Rogério Marinho, adversário ferrenho da petista, ao Senado.

O PSDB é um partido dividido. Parte apoia Fátima, outra faz oposição. Temos aí três possibilidades: 1) alinhamento total com a oposição, inclusive com candidatura própria; 2) alinhamento total com Fátima; 3) lançar só candidatura ao Senado e liberar as bases repetindo o PMDB de 2010. Dessas diria, com base no cenário de hoje, que a mais remota é a segunda hipótese. A primeira e a terceira são bastante reais.

 

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Reportagem especial

Canal Bruno Barreto