No Rio Grande do Norte, 169 mil pessoas com 18 anos ou mais já sofreram agressão sexual alguma vez na vida. Isso representa 6,4% da população potiguar nesse grupo de idade. Desse total, 124 mil são mulheres, quase três vezes o número de homens, 44 mil. Os dados foram divulgados hoje (07/05) pelo IBGE e fazem parte da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) 2019 – volume 5.
A pesquisa considera violência sexual quando uma pessoa for “tocada, manipulada, beijada ou teve parte do corpo expostas contra a vontade; e/ou foi ameaçada ou forçada a ter relações sexuais ou quaisquer atos sexuais contra a vontade”. No Nordeste, o número estimado de mulheres violentadas sexualmente (1,8 milhão) é três vezes o de homens (612 mil). No cenário nacional essa diferença é ainda maior, de quatro vezes. Em todo o Brasil, 7,4 milhões de mulheres sofreram esse tipo de violência, enquanto o número de homens foi de 1,8 milhão.
Outras violências
Além da violência sexual, a PNS também pesquisou a violência física e psicológica. No Rio Grande do Norte, 478 mil pessoas com 18 anos ou mais de idade sofreram algum desses tipos de violência no período de 12 meses que antecedeu a pesquisa. Isso equivale a 18,3% da população do estado nessa faixa de idade. Desse total, 15,2% das pessoas deixaram de realizar suas atividades habituais em razão da violência que sofreram nos últimos 12 meses anteriores à pesquisa. Em números absolutos, são 73 mil potiguares nessa situação. A pesquisa mostra também que 101 mil potiguares, com 18 anos ou mais de idade, sofreram agressão física no período de referência. Em números proporcionais, são 3,9% da população nessa faixa de idade.
Das 478 mil pessoas que sofreram algum tipo de violência no Rio Grande do Norte, 94,7% foram agredidas psicologicamente no período de referência. Isso significa que 453 mil pessoas receberam as seguintes agressões: foram ofendidas, humilhadas ou ridicularizadas na frente de outras pessoas; foram alvo de grito ou xingamento; sofreram ameaças, ofensas, xingamento ou tiveram suas imagens expostas sem seu consentimento por meio de mídias sociais; receberam ameaça verbal de feri-la ou alguém importante para esta pessoa a recebeu; ou teve algo destruído de propósito por outra pessoa.
Fonte: IBGE